Regressei embriagado pela nostalgia da partida, que denota sinais de um cansaço evidente.
O meu lugar, era logo no bico do avião e pela primeira
vez, viajei tão pertinho da janela, que levei toda a viagem a contemplar a
terra que sobrevoava.
O avião levantou e enquanto ganhava altitude, via as
praias que tanto conheço. E as autoestradas que percorro em viagens, que me
levam ao Porto em anos de vida cá e lá, mas mais, quando habitava por lá
O mar tão azul, num dia magnífico e tão bonito. Recordava-me
que um dia antes, mergulhava nas suas águas, para amolecer um pouco a angústia
de ter que voltar horas depois.
E depois de algumas horas, que formaram dois dias. Já
estou de novo a escavar a terra prometida, até que o Natal se aproxime e me
leve ao aguardado destino.
Entretanto, o avião rasgava o branco das poucas nuvens
e atingia uma altitude que normalmente, já não dava para ver algo. Mas, devido
ao dia tão belo e limpo, me oferecia a beleza de ver, as casas enlaçadas umas
nas outras. Barragens que formavam enormes lagos. Libertando só, uma mão cheia
de água, para encher e matar a sede à vida, que o rio serpenteava.
Estradas ondulando as montanhas. Dando a sensação de
caminhos de cabras, para levar ao encontro terras, outrora distantes.
E quando aterrei, senti a terra tão perto dos meus pés
que me apeteceu saltar de braços bem abertos para abençoar meia Europa, que
ainda me dá as boas vindas!
1 comentário:
Que passe tudo rápido até ao Natal. Tudo de bom, Nuno.
Enviar um comentário