domingo, 6 de agosto de 2017

A noite muda o Tempo




A noite foi inundada de trovões que iluminavam o céu, tão negro como o carvão submerso.
É a última semana que cá passo. Já que na próxima, estarei a matar as saudades do que me espera.
É uma manhã bem calma, para descansar e olhar os próximos dias, como os últimos. E a ansiedade, é como a dum menino, a esperar que a escola termine e pousar os livros que tanto peso me fez carregar.
Estou na varanda, onde deixo que o meu pensamento trepe as ingremes montanhas. Levando-me ao cume das mesmas e me retenha lá por horas, para contemplar a vista maravilhosa, que este local oferece, como uma dádiva da Natureza.
Mas a manhã obrigou a agasalhar o corpo, porque a temperatura desceu como o tempo por aqui.
Por vezes o sol aquece em demasia e o calor torna-se insuportável. E de seguida, aparece as nuvens negras vindas como papões para assustar os mais desprevenidos. E não tarda, é tempestade pela certa.
 O vento aparece do nada e, num ápice as arvores são derrubadas.
Os telhados arrancados e lançados, vários metros pelos campos.
Os vasos com flores belíssimas e coloridas, que enfeitam as varandas. São quebrados e em dezenas de fragmentos, espalham-se pelos passeios asseados e pelos jardins tão cuidados.
E acordamos com um rasto de tristeza e de um silêncio confuso, onde até as aves deixam de lançar, os seus cânticos artísticos.
O Verão por cá é muito oscilante. Tanto nos brinda com temperaturas altíssimas. Como num abrir e fechar de olhos, descem uns quinze graus a ameaçar gripes.
Já imagino o Inverno que me aguarda.
Mas o mais apetecível e desejoso é, o passar do resto dos dias. Para finalmente regressar ao meu país, plantado à beira-mar. E saborear as praias e a gastronomia, que só mastigam por cá saudades e recordações diárias.
A chuva cai como deus a dá!
Ouvem-se os trovões ao longe, rumando daqui a nada, bem por cima dos telhados, a rosnar como monstros enjaulados.
Vai ser uma tarde de portas fechadas, a falar para os botões e a esperar que a noite desça, para iniciar a ultima semana.
É só esperar que o Sábado (Sammstag) chegue e lá vou bem por cima das montanhas.













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