sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mais um Ano MaisTempo para Esperar pelo Outro

Passei o dia a comemorar os anos!
Estou a ficar pesado na idade.
São já muitos degraus em permanente subida,
que qualquer momento poderá ser abrupta a descida!

Procuro sentir a mesma adrenalina da juventude,
porque sinto-me criança até morrer.
Corro, salto, mordisco os calcanhares da aprendizagem,
que irei formar-me professor na ultima carruagem.

Recebo os meus rebentos de braços abertos,
imitando o profeta que deu tudo por nós
Não sou Jesus em todo o seu esplendor,
Mas sou um Cristo sem ser redentor.

O dia que é meu está já no fim!
Fiquei sensibilizado e de olhos húmidos.
Juntei-me a quem luta por mim a cada dia que passa.
Sou mais velho um ano, mas que não pesa nada.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Já Vai Tarde Mobilizar as Exigências



Somos ameaçados de medidas que nos vão abalar a nossa vida.
E logo pelo caminho mais fácil, pegar sempre pelos mais desfavorecidos. Um ritual, sim, um ritual que já tem barbas e é a forma mais lógica dos governantes que nos tem guiado por túneis quase sem fim, descobrir a solução mágica para os problemas financeiros que este país atravessa e sempre atravessou.
E como somos bem-mandados, tudo assimilamos num dar aos ombros e esperar muitos até morrer que venha a ser descoberto petróleo para nos molhar de esperanças e acreditar em bem aventuranças.
Foram trinta e tal anos num dar aos ombros e num salve-se quem puder, que ficamos neste estado.
Criou-se o mito do Comunismo como uma autentica catástrofe e assim sendo guiou-se a população para o covil em que agora estamos expostos às feras.
Alertou-se de levar as mãos à cabeça que a extrema-esquerda era o fim da democracia e assim sendo, mais uma vez, a população refugiou-se nas únicas alternativas que lhes eram oferecidas.
E hoje passados trinta e seis anos do florescimento dos cravos, somos comandados pelos capitães socialistas e sociais-democratas numa alternância ritmada, a fazer valer o mais do mesmo, ou seja: politicas irmanadas num projecto a dois, para que quando fores tu a governar não se estranhe muito com a desarrumação da casa.
Neste preciso momento nada mudou e a união destes dois partidos é por demais evidente. Tudo em prol do país. Dizem os protagonistas políticos num duo a raiar o dramatismo.
O povo não sabe o que fazer de tão tresmalhado que está!
Quer ser guiado, mas não tem líderes que o arraste em direcção às soluções!
Organizações existem às dúzias, mas pouco ou nada movem, porque se deixaram enterrar nas areias movediças e se mexem muito com a já tremida situação do país, acabam num afundamento doloroso centímetro a centímetro, sem braços de salvamento para se agarrarem.
Os sindicatos levantam as bandeiras para medirem forças contra a grande instabilidade social. Mas ficam-se por intenções quando sabemos que muitos dos seus dirigentes são deputados e militantes dos partidos que nos governaram e governam.
Ainda não vai muito tempo, pediam os dedos das mãos em aumentos e regalias sociais, quando sabiam que o país nem um desses dedos, podia oferecer, porque estava a esconder a realidade infelizmente agora posta a nu.
Hoje nada podem fazer já que se deixaram ir na bolha de ar que o país se tornou e quando rebentou, tentam puxar os trabalhadores para manifestações batendo porta a porta dos desesperados para encher avenidas e assim mostrar que mobilizam, sabendo eles que estão a mobilizar a utopia que só serve para o sindicato obter força momentânea, mas não duradoura.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Hora do Almoço


O elevador leva-me ao AC, entrando fico sem vontade de nada fazer.
O almoço está meio preparado, são bifinhos de peru criado na quinta, é só grelhar e fazer uma salada. A sopa é só aquecer feita na véspera com legumes até dizer chega, tudo raladinho num consomê, que garante uma boa alimentação.
Mas porra, estou sem vontade de ir para a cozinha, estou sem pachorra para fogões e aventais que evitam as pingas de gordura.
Estou só, os putos ficaram pela cantina escolar, no meio dos amigos e como tal vou almoçar aqui nas redondezas junto com a jovem e assim evito de sujar a cozinha e de aturar os nossos políticos na lengalenga diária do voltar atrás nas medidas extraordinárias, que foram anunciadas no inicio do ano, numa campanha de charme patético já que agora foram secamente retiradas do consciente dos portugueses, apesar de nem terem sido implementadas.
Como as medidas de austeridade parecem não ter fim à vista, com os políticos um, a cada dia, apresentarem-se num arreguilar de olhos com mais uma medida que vai encurtar a vida, a quem já a leva presa por um fio. Deixei de assistir às notícias para não me estragarem o almoço e não alongarem-me a tarde já de si difícil de ultrapassar.
E por isso fujo para bem longe procurando a reconversão que me dê o passaporte da emancipação num aglomerar de dias que irão ser custosos mas com a certeza de no final o esforço ser recompensado.
Enquanto pensava em fazer isto para o resto do meu dia, dei de caras com o almoço pronto, numa mesa para dois com a ementa pré programada concretizada.
Lá estavam os bifinhos de peru panados. A alface fresca da horta do pai do vizinho. O vinho tinto maduro do Cartaxo e a sopinha a encher meio prato, para tentar comer tudo porque, a vida está cara e é pecado deitar comidinha fora com tanta gente a passar fome.
A chave soa num abrir a porta habitual e depois de um beijo a salivar ternura, toca a dar ao dente, por entre conversa banal rápida, porque o tempo é escasso e o dia ainda está a meio.
Café no fininho é a saga diária. Sempre quente, porque é assim que me satisfaz e um para cada lado depois de mais um beijo a salivar ternura lá vamos á nossa vidinha.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma Hora Divertida


Espero à entrada de um edifício que ninguém quer ter lá paragem.
Aguardo um, dois, quantos minutos forem precisos, tempo não me falta. Para o almoço das terças há muito tempo prometido e agora finalmente concretizado.
Enquanto espero observo quem passa, num vai e vem de hora de almoço, onde uns petiscam umas sandes no café em frente e outros mais, apressam-se para irem às suas vidas.
Por fim elas descem para o almoço rapidinho porque o trabalho espera numa roda-viva de entrevistas.
São pessoas alegres e boa companhia. E como o tempo é curto, aproveitamos o caminho em direcção ao restaurante, para saber novidades e também para cimentar mais a amizade.
Por fim descobrimos a mesa num cantinho só para nós.
Parecia que nos esperava, numa reserva fictícia. Para três pessoas alegres e prontas a aproveitar esta curtíssima hora num recordar de aventuras, ora no alto dos Pirenéus com toneladas de neve branca a convidar uma descida de tombos sem gravidade já que se tratava de principiantes armados em esquiadores.
Ora simples casos, que fogem à rotina diária mas que alegram quem ouve e mesmo quem participou.
A pisa com uma salada gostosa chega e acalma o apetite nesta hora já a fazer a barriga dar horas.
Cria-se um momento mágico de alegria e boa disposição.
Bebe-se uma mistura de cerveja e seven-up para que não suba muito à cabeça porque o dia ainda vai a meio.
A salada está fresquíssima numa mistura de nacos de frango e morangos aos bocados, destacando-se o verde da alface que delicia os gulosos como eu por tamanho vegetal.
A pisa saída do forno a lenha tem um aspecto de água na boca e é saboreada por entre gargalhadas comedidas de gente com educação mas que enche o ar neste cantinho de fazer raiva a quem nos observa.
Somos três amantes da boa disposição pelo menos hoje. Sem preocupações em agradar a quem quer que seja e por entre garfadas de comida que não enche mas saboreia, apercebemo-nos que a hora avançou como o vento que se instalou depois de dias carregados de calor.
Finalizamos com o café habitual, dando os bombons a quem não o pode tomar para levar às miúdas que ficam felizes logo que a mama as abraça com tantas saudades.
E saímos de encontro ao trabalho que não tem paragens, inspirando este dia fresco e agradável com uma ponta de vento que limpa o ar abafado de gabinetes a abarrotar de pessoas pedindo uma solução para a sua vida que muitas das vezes não chega, apesar de todo o esforço.
São companhias de encher o olho já que possuem olhos de se olhar longamente.
E olhos nos olhos fica a promessa para terça-feira, voltarmos a ser três mosqueteiros (as), num almoço sempre curto, mas aproveitado ao máximo num ambiente de fazer inveja a quem raivosamente nos observa.
Os amigos são para as ocasiões, mesmo que nada possam fazer para aliviar as pressões profissionais que esta vida fechou. Mas mais cedo ou mais tarde sem fechaduras para quem não se quer acomodar já que os horizontes, é feito de metas para alcançar.

domingo, 23 de maio de 2010

O Homem Vence Tudo



Seja caneco, seja jarra. Seja taça de trazer por casa, seja jarrão da Champions que todos sonham mas só os predestinados repetem a conquista.
Seja com bola, seja ao berlinde. Se for ao pião é o mesmo, então à moedinha ninguém o bate!
Venha quem vier, podem ser chineses, ingleses, brasileiros e até patriotas. Vão saber com quem se metem!
Ele é José Mourinho. O homem do momento!
Vale o seu peso em ouro!
As suas tácticas são já manuais devorados por quem quer seguir o mestre. O mestre da esperteza, da frieza, e do golpe final quando o adversário dá um passo mais longo que o deixa entusiasmado no caminho da baliza, mas é enjaulado num bloqueio rapidíssimo como um raio que só termina no golo que é a machadada final.
José Mourinho avisa logo de inicio quais os objectivos que pretende. E pé ante pé, lá vai na senda do êxito e ganha tudo o que encontra pelo caminho.
Seja em campos cobertos de neve, onde no final ficam os rascunhos dos ensaios segredados no balneário e tornados em êxito na neve tão branca como a vitória imaculada.
Seja em campos verdinhos mas a cheirar a plástico. Mesmo com botas nada adequadas, a inteligência à Mourinho chega para derreter o adversário e colá-lo ao tapete.
Seja até num campo de milho. Mourinho e a sua armada arruma quem se aventura a rondar-lhe a casa.
Ele até fala línguas sem sotaque para inglês ver. Fala italiano para roer os calcanhares aos paparazzi e para azucrinar a cabeça a quem põe a sua capacidade em causa.
Utiliza a psicologia para baralhar o adversário e antes mesmo do treinador anunciar o seu onze, já Mourinho lhe lê o pensamento e termina a anunciar quem marca quem e claro o vencedor é sempre o mesmo Mourinho e a sua esquadra.
Todos o querem! Poucos, tem posses para o levar aos ombros a caminho da entrada triunfal da capital que pode pagar toda aquela capacidade em ganhar.
Ele sempre sonhou treinar o maior clube do mundo e agora. Mesmo agorinha aí está esse clube a dar couro e cabelo pelo Mourinho, como a dizer: diz quanto queres, dinheiro não é problema!
É português é um conquistador!
Segue o caminho dos navegadores. Eles conquistavam por mares nunca antes navegáveis. Mourinho conquista por caminhos sem fim já que o espaço galáctico é neste momento a sua direcção e ainda a procissão vai no adro. Aí se vai, aí se vai!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

As Vacas Bem Magras



O calor aperta nestes já trinta e tal graus que nos cola a roupa pouquíssima, já ao corpo meio descoberto, deixando ao leu umas brancuras desmaiadas a clamar sol para os bronzeados de encher o olho.
E como andamos todos os dias a receber notícias de cair para o lado. Primeiro foi a entrada já em Junho das novas tabelas do IRS, que levarão mais uns euros ao subsidio de férias e nos vai encostar ás praias mais próximas.
E logo ouve-se o líder da oposição a bradar aos céus que qualquer dia Portugal não terá dinheiro para pagar e lançando ainda mais o dramatismo para a fogueira sempre ateada nas mentes dos portugueses.
E andamos no diz que disse por entre entrevistas e debates, nomeadamente lançados por pessoas que aceitam os sacrifícios como a única maneira de não irmos ao fundo. Mas são esses mesmos que estão cientes, que estas medidas lhes passam ao lado, já que estão bem abonados em reformas que se multiplicam pelos anos que passaram em instituições acumuladas.
São essas pessoas que auferem ordenados chorudos, em cargos muitos deles oferecidos em forma de favores. E como tal passando ao lado destas medidas tão gravosas para a maioria de todos nós.
São esses demagogos que regularmente nos aparecem nos ecrãs, lançando bitaites previamente decorados, sem terem a mínima noção do que essas medidas irão ter a nível social.
Aliás devem se estar a marimbar para isso. O que lhes interessa é; o venha a mim o que me é devido e os outros que fechem a porta.
Rio-me com os doutores que vêm o aumento de impostos como o mal menor desta maratona que não tem fim de lamúrias sociais.
Ninguém mas ninguém conseguiu até hoje implementar, ou até sugerir vamos ser mais recatados. Que fossem visados também aqueles que acumulam reformas chorudas, muitas podem-se contar pelos dedos e fossem buscar aí já um mealheiro para partir em prol do país.
Aqueles que, gerem as grandes empresas e são dezenas deles. Sem concorrência e como tal é normalíssimo apresentarem bons resultados e são agraciados com bónus de fazer ver um cego, que levam ao desespero de quem é obrigado a ter um serviço pago ao preço que eles bem entendem.
Aqueles que se passeiam em palestras e formações sistemáticas aglomerando outros cargos. Porque são amigos dos organizadores e assim sendo ganham o cacho das uvas deixando aos milhares nas mesmas circunstancias as cascas já secas sem sumo que até esse foi pormenorizadamente seco para não deixar vestígios de alguém sentir o gosto.
Nisto ninguém levanta o véu! Porque hoje tens tu, amanhã terei eu!
E lá caminhamos. Se for pela rua já da amargura levamos com este calor já a enervar.
Se for no trabalho o ar condicionado para arranca, para arranca. O dinheirito da empresa já à muito se foi e é remediar com o que se tem.
Se for em casa é olhar para as quatro paredes e esperar um milagre que nem o Papa ousou garantir.
O tempo das vacas magras irá ser real, porque a erva está tão seca que nem chovendo meses a fio melhora o estômago delas.
É lutar por uma vaca que ainda apresente sinais de nutrição e então agarra-la bem pelos cornos e passa-la para o nosso quintal.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Realidade Que lhe vai Fazer a Cama



Em duas semanas o mundo mudou!
Eis a grande mensagem de Sócrates para o povo português, justificando as medidas por ele tomadas há poucos dias.
Sócrates embalou o povo português em banho-maria durante um ano, tempo que mediou o antes das eleições e o depois das mesmas.
Agora que o cerco apertou numa crise sem precedentes, Sócrates teve que abrir a bola de neve que nos engavetou a todos e lançando-a montanha abaixo estilhaçou-a em mil bocados, libertando as consequências que irão ser catastróficas.
Primeiro foi o famoso PEC.
Levou que os crânios pensantes deste país se prenunciassem sobre as medidas desse plano. E muitos deles anunciavam aos quatro ventos serem manifestamente insuficientes, que pouco iriam trazer para levantar um pouco o rabo ao país já enterrado nas areias movediças.
Sócrates afiançava nas já famosas visitas quinzenais ao Parlamento, que era este e só este plano. que estava na calha e mais nenhuma medida iria ser tomada para não agravar ainda mais a situação das famílias portuguesas.
Os deputados da oposição torciam o nariz ás palavras do primeiro-ministro e abanavam a cabeça como sinal de que mais uma vez Sócrates estava a utilizar a demagogia barata para esconder o que muitos já anteviam o que viria a seguir.
E num abrir e fechar de olhos o que antes eram miragens nas cabecinhas dos que só serviam para atacar este governo. Passou de uma hora para a outra a ser a cruel realidade com que enfrentaremos de ora avante.
E o mundo mudou para Portugal dos pequeninos!
Sócrates refugiou-se mais uma vez na ilusão do engano e perdeu-se desta vez na realidade que lhe vai fazer a cama.
Uma cama onde ele se vai estender ao comprido e com ele irá levar o Partido Socialista para a invernação sem tempo de volta.
Um governo à deriva como baratas tontas, onde se lançam notícias vindas de pessoas com responsabilidades como o ministro das finanças, um clone de Sócrates que decora o que o primeiro ordena e boceja logo de seguida como a dizer que não tem nada a haver com aquilo.
Um primeiro que aproveita a entrevista dada e toda ela planeada a seu belo prazer, para enganar-se a ele próprio fazendo de nós portugueses os bombos da festa dos males que meia dúzia de chupões que se escondem atrás dos enormes favores que fizeram aos que agora não os podem culpar.
Um primeiro que vai sair desta como o carro vassoura de uma terrível etapa coroando os manda chuvas das finanças europeus que riscam e mandam no que vem lhes apetece. E desgraçou em chagas bem abertas os que conseguiram chegar ao fim.
Um primeiro que perdeu a margem de manobra para ser o líder de um rebanho que em vez de ovelhas tresmalhadas, fugindo ás opções de quem não tem soluções. Irá ter ovelhas moribundas, milhares e milhares sucumbindo ás medidas, de austeridade que lhes abrirão a cova como a sepultura final de uma vida infernal.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Inaugurou-se o Centro para Responder às Necessidades da Freguesia



No sábado fui à Cerimónia de abertura oficial do CRES, nada mais, nada menos que a criação de um Centro de Recursos e Envolvimento Social de Arcozelo, a freguesia onde vivo bem às portas da cidade de tão pequenina, que Arcozelo a engole a cada ano que passa.
É um projecto de intervenção comunitária, decorrente de um contrato de parceria celebrado no âmbito do Programa “Contratos Locais de Desenvolvimento Social”, entre o Instituto de Segurança Social, I.P., o Município de Barcelos e a Kerigma – Instituto de Inovação e Desenvolvimento Social de Barcelos, na qualidade de entidade coordenadora local da parceria. Instituto este que durante um ano me liguei num objectivo de valorização pessoal e engrandecimento das minhas aptidões, já um pouco adormecidas em anos acomodados. E foi com orgulho que presenciei as minhas antigas formadoras a desempenharem funções de grande relevo neste Instituto sendo a minha antiga coordenadora, a Presidente da Direcção.
Recebi o convite e lá apareci para conhecer esta obra que vem colmatar uma das muitas lacunas que a Freguesia carece. Oferecendo um espaço para acolher necessidades nas áreas do Emprego Formação e Qualificação, Intervenção Familiar e Parental, Capacitação da Comunidade e das Instituições e por ultimo Informação e Acessibilidades.
Estes os quatro eixos que formam o grande desafio para a população da maior Freguesia do Concelho, para de uma vez por todas sair do marasmo em que se encontra e procurar neste centro as respostas para todas as suas duvidas e o apoio para as amarguras que a vida tão madrasta nesta fase lhes brinda diariamente.
Por isso a inauguração foi de pompa e perante as entidades convidadas: Presidente da Câmara ainda fresco nas funções depois de uma vitoria que vai ficar para a história.
A Presidente da Segurança Social do distrito, organismo com intervenção directa neste centro.
A Junta entidade directamente ligada, já que é para a sua Freguesia que este centro é direccionado.
Do instituto kerigma principal motor para dar vida a este centro já que será pelas suas coordenadoras que a obra terá pernas para andar.
E por fim a representante do Governador Civil, também ela entusiasmada com esta obra acabada de nascer numa freguesia completamente abandonada pela Câmara durante longos anos de liderança PSD.
E nos discursos de circunstancia, onde se diz maravilhas e se deseja tudo de melhor para o Centro novo em folha. Passou-se aos objectivos do mesmo nas pessoas que irão ser as figuras principais para gerir tamanho desafio, que foi posto ao dispor dos Arcozelenses e é só lá se dirigirem para obter respostas para todas as suas dúvidas.
No final aproveitou-se para entregar mais uns certificados aos formandos que conseguiram subir um ou mais lugares na escolaridade que possuíam. E num clima de festa passou-se à visita das modernas instalações com salas para todas as solicitações que o dia-a-dia reclama.
E bebendo um café com umas bolachinhas de chocolate ao som do Grupo de Seniores da Junta de Freguesia de Arcozelo e da Escola de Dança da A.R.C.A, que animaram a parte final do evento, encerrou-se num clima de animação este empreendimento que vai servir a comunidade Arcozelense, tão multifacetada.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Papa vem de Visita e os Oportunistas Evitam o enorme Alarido



Recebemos a visita de Sua Santidade que ainda decorre e claro, estamos um pouco sensibilizados com tamanha presença cá neste cantinho, resguardado pelo mar que bate na areia e deixa mil histórias a cada onda que se estende areia fora. E pela Espanha vizinha, sempre desconfiada, procurada pelo contrabando ainda não muito distante bastando para isso atravessar os caminhos pedregosos que dividem os dois países.
O Papa deixa-nos contagiados pelo clima que o rodeia, mesmo para os menos crentes e associado ao 13 de Maio mais apegados ficamos à fé e a tudo que rodeia o séquito papal e esperamos que algo se transforme enquanto o homem cá permanece, não tirando a vista de cima dele, para apanhar quem sabe num gesto do simples levantar da sua mão um abrir de um milagre tão ansiado, como já sem esperanças.
Mas enquanto o dia corre com o Papa em grande destaque, outros aproveitam-se disso e lançam covardemente azagaias venenosas, aproveitando o povo nostálgico com o seguidor da doutrina de Cristo. Para infernizar ainda mais a vida dos portugueses.
E lá estão, a subida de impostos para amenizar os erros dos que nada sofreram na pele e pouco sentiram pelo assentar de arraiais desta praga crise. Para nos enfiar neste buracão sem fundo!
E deixam o Papa fazer o seu papel juntando o seu rebanho em prol da estrema necessidade em valorizar os valores humanos e acreditar que o mundo será melhor. E vão por trás das suas costas apunhalar o povo com estas medidas gravosas, enquanto ele se desfaz em acreditar que poderemos encarar o futuro com mais optimismo.
O Papa irá perceber que a sua visita foi usada para ponte de lançamento de medidas que vão causar feridas na gente e não sei não, como irá reagir a tamanho desrespeito.
Mas os nossos governantes estão se marimbando para o Papa.
Até Passos Coelho acabado de ser eleito líder da oposição e por conseguinte a esperança de melhores dias para o país, mas tão favorável com o primeiro-ministro, embarcou nesta jogada mostrando aquilo que todos já sabemos que são farinha do mesmo saco.
O cerne da questão, é resolver o mais rapidamente possível o valor do défice e nada melhor do que medidas, com resultados logo palpáveis para se reflectir na descida de tão grande papão que ensombra a união europeia.
Vai-se o Papa e vai-se também a sua mensagem, porque logo, logo os portugueses irão enfrentar uma realidade mais penosa, que nem a fé que move montanhas poderá aliviar muitos de nós que não irão ter força para lutar perante tamanha realidade de serem sempre os que menos têm. A pagar as favas dos principais causadores destas desgraças.

Maio Mês de Maria


Dia 13 de Maio dia de nossa senhora.
Dia de ter o seu filho bem perto do altar onde apareceu aos pastorinhos. Num ano já tão distante, mas que todos ansiamos que seja revisto tão actual, para nos abençoar de todos os males.
O Seu filho na terra o Papa, que nos visita e nos tenta confortar com um pouco de esperança, já que se apercebeu das dificuldades que muitos de nós passamos.
E no calor das manifestações populares o Papa promete rezar para aliviar as desigualdades sociais que ele bem sabe que este mundo tem feito questão de elevar como bandeira para dividir e excluir.
E no roteiro de quatro dias o Papa aproveitando o Santuário de Fátima, aproxima-se dos católicos para comungar dos seus lamentos e com toda a sua sabedoria, conforta-los para lhes dar a esperança possível, indicando o caminho da fé como a luz da alegria.
A 13 de Maio, na cova de iria no céu aparece a esperança divina. Para o mundo acreditar que os valores humanos irão voltar ao coração de todos. E assim moldarmos o mundo para o caminho certo em busca da segurança merecida.
As atenções dos católicos de todo o mundo estão centradas num pequeno país presenteado com um hóspede ilustre, que carrega a cruz da responsabilidade de ser o mensageiro da igreja de Cristo. E de olhos pregados em Portugal seguem a festa do 13 de Maio, com as manifestações de fé do povo que enche o Santuário e com as aguardadas palavras de Sua Santidade, sobre os novos caminhos que todos nós temos que desbravar, para encontrar o amor ao próximo já tão extinto numa evidência que ameaça conflitos imprevisíveis.
O Papa continua a sua visita, na etapa final da sua estadia e mais a norte bem no coração dos católicos fervorosos mas com a mesma fé de todos os outros. Irá continuar a pregar a doutrina de Pedro, incutida por Cristo dois mil anos antes e presentear este povo carente de apoio e de fé, porque a fé não tem limites.

terça-feira, 11 de maio de 2010

11 De Maio dia da Chegada do Papa



O Papa chegou e o país (funcionários públicos) parou!
Pararam as poeiras afastadas da rota do avião Papal e parou a chuva enquanto Sua Santidade caminhou pelo seu próprio pé em solo português.
Parou-se o trânsito em Lisboa e tentou-se mas não foi conseguido até agora, que o povo se acotovelasse aos molhos num audível VIVA O PAPA, às bermas das estradas para saudar o Papa.
As televisões esfalfam-se para mostrar as multidões que não existem, e os repórteres, tentam falar com o povo, tentando mostrar que se acotovela mas nem por sombras se presencia isso. Existem locais que um agente faz barreira a um só transeunte.
Trouxe-se a cavalaria em grande número à rua, para desenferrujar os cavalos e juntar mais de uma centena de militares, num tambor a galope único na Europa.
Assistiu-se no espaço de duas horas com tempo para Sua Majestade descansar um pouco. À troca de cumprimentos com o nosso presidente nada mais, nada menos por três vezes.
Sendo a primeira à chegada a Portugal.
A segunda nos Jerónimos. Onde a primeira-dama teve o privilégio de beijar a mão novamente decorada com o anel Papal.
E a terceira na visita ao Palácio de Belém onde para além dos cumprimentos do protocolo, também foi oferecida à família Cavaco (rica em netos a fazer inveja à natalidade do país), a fotografia familiar com o Papa de sorriso, para quebrar as más impressões que tem deixado em diversas aparições.
Pelas primeiras impressões este Papa não cativa. Força um sorriso que não é muito natural e tem um olhar estático consentâneo com a sua origem.
Não podemos esquecer a sua idade e louvar a sua força e até frescura olhando os 85 anos que carrega nesta sua já longa vida.
Mas está cá para trazer um pouco de esperança ao momento bem amargo que todos passamos.
Está cá logo num momento que o governo em peso perfilhado para beijar a mão ao Papa, resolve ensombrar ainda mais o dia-a-dia dos portugueses. Onde recebe Sua Santidade com honras de ouro dourado e milhões de euros gastos no bom e no melhor para quatro dias de visita.
Somos assim: oferecemos o que temos e o que vamos pedir em forma de obrigação aos pobres que se vêem aflitos para fazer contas à vida.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Festa Terminou




Os foguetes foram apanhados, depois de uma festa de arromba. E os cachecóis estão bem arrumados nos cabides à entrada. É hora de preparar a nova época com tempo de preencher os sectores mais débeis e acreditar em Jesus. Um Messias ressuscitado depois de pregar na cidade dos arcebispos. Onde a Paciência excedeu os limites.
Mas por agora é virar o pensamento para a semana que está a iniciar e é hora de voltar a olhar em frente para as lombas que estão atravessadas no nosso caminho e poderem ser ultrapassadas com mais ou menos dificuldade sabendo da necessária redução da velocidade.
Velocidade essa, que foi fixada na tolerância zero depois do anúncio do ministro das finanças mais uma vez longe do nosso país, anunciar o que tinha prometido não o fazer. Levando, nós que o escutávamos via Bruxelas, pensar ter sido pressionado pelos mandões dos 27, a preparar o povo português a mais uma medida de caixão à cova.
A cada semana que passa novas medidas de austeridade avançam e como povo bem comportado, lá engolimos em seco e de lábios trilhados, continuamos a matar a sede nas fontes contaminadas de impurezas sociais que nos levam a só ter ossos numa anorexia sem fim à vista.
Desta vez, diz um reputado líder parlamentar que o governo aproveitou a euforia vitoriosa benfiquista e a vinda do Papa que está a bater à porta, como o trampolim do anúncio da medida de aumentar os impostos.
É uma estratégia! Enquanto o povo esfrega o olho de emoção. O governo lança medidas de sufocação. Aproveitando a maré vermelha e amarela que invade o país.
A seguir vem o Mundial e num brilharete da Selecção. O governo lança outra medida que nesse momento escapa à compreensão do povo, mais preocupado com o estender das bandeiras nas varandas e os abraços estéricos dos golos que avançam a Selecção rumo às meias-finais.
E é nisto que vamos vivendo!
BOLA, BENTO e mais BOLA!

domingo, 9 de maio de 2010

O Benfica Transpôs as Portas Reservadas aos Dragões




Acabei de o ver num local pouco habitual, para fugir aos comentários de treinadores de bancada. E viver o momento sossegado, porque não gosto de gritarias e angústias em redor.
Vivi de dentro para dentro. Sozinho na mesa a cheirar a tostas mistas e cervejas minis.
Jogo com adrenalina e desta vez Cardoso tocou na bola três vezes e marcou dois golos, passeando até ao centro do terreno a balouçar a camisola tendo o árbitro à espera para lhe amarelar como mandam as leis e observar Cardoso a vestir de novo a camisola com os peitorais da moda. Que chegou para encher o caneco com que venceu o tiro ao alvo.
A festa rolou calma em pleno relvado da luz. O Rio Ave fez o seu papel, defendendo bem como é seu hábito e nas duas únicas vezes que chutou à baliza fez um golo.
E como logo, logo, repusemos o normal das coisas, isto é, o resultado a pender para quem merecia. O tesão das ovelhas negras logo se foi num afundar tipo balão quando perde o ar. E era de meter dó, aquelas caras matraquilhadas de desilusão.
Desta vez o Braga esqueceu-se que primeiro tinha que cumprir a sua obrigação e só depois sonhar com a cereja no bolo. E como o Braga não teve a ajuda dos deuses de preto e guarda-redes que entregam o ouro ao bandido. Chegou-se ao fim do jogo e do campeonato com um vencedor justo e com a normalidade a prevalecer num campeonato que a meu ver tinha um justo vencedor e um galgo perseguidor que ameaçava roer os calcanhares.
A partir de agora a festa está aberta até que falte a voz. E até quem caia para o lado num mar de vermelho que engole o país inteiro.
Festa vermelha. Fogo-de-artifício a iluminar a noite que é toda ela benfiquista!

sábado, 8 de maio de 2010

A Semana de todas as Emoções



Vai ser uma semana a cheirar a Papa e ver o Papa!
O Papa vem e com ele vem a esperança. Será esta a mensagem expressa nos olhos e bocas dos padres, dos bispos e patriarcas cá do sítio.
Entretanto os pormenores são levados até ao limite e não olhando a despesas como é timbre dos portugueses, que tiram à boca sua e dos filhos, para oferecer à igreja que só os ilumina quando cheira a oferendas. Serão gastas milhões de caixas de esmolas e muitos milhares do erário público para que o Papa desfrute do bom e do melhor, enquanto permanecer neste país a cheirar à banca rota, mas não olhando a meios para que Sua Santidade descanse e alivie os intestinos em mobiliário revestido de ouro fino.
No meio destas mordomias todas, a cheirar a país terceiro mundista. Temos centenas e centenas de pessoas a doar todo o seu esforço num voluntariado de noites em claro para em oferendas ao Papa justificar a sua fé e lisonjear-se por serem escolhidas e agraciadas por tal escolha.
Ao invés, temos os aproveitadores que são escolhidos a dedo para encherem os bolsos, os deles e os dos que os escolheram, num carrossel que já não espanta, tamanha é a festa por eles protagonizada diariamente que o país já se acostuma como fazendo parte do dia-a-dia.
Por isso iremos ter um altar para Sua Santidade dar a missa, para milhares de olhos que há horas o esperam. E milhões e milhões que a televisão leva até ele. No Valor de matar um simples vírus em África para salvar tantos pretinhos que tombam como moscas, por falta de uma simples vacina.
A Sociedade é perita nestas desvairadas diferenças e gasta o que tem e não tem, ficando a dever ao vizinho que vai buscar aos contribuintes. E deixa esquecido no mato onde os insectos picam como granadas perdidas, milhões de molequinhos que nem chegam a conhecer o primeiro passo que para nós a vida tão longa nos oferece e a eles por falta de meio lhes fecha esse caminho.
Afinal o que vem cá o Papa fazer?
Milagres, não serão de certeza!
Porque o homem não é nenhum Cristo, nem para lá caminha e já não é muito, dada a idade avançada que carrega naqueles ombros.
O Papa desloca-se a Portugal num momento delicado para a igreja e nada melhor que Portugal e principalmente Fátima o principal palco de fé de toda a Europa e mundial. Para o Papa se encontrar com o alivio da sua cruz que carrega em virtude dos seus seguidores terem metido o pé numa enorme possa e violentando a honra e a pureza de crianças indefesas.
Nada melhor que o local onde a virgem apareceu para que o Papa, quem sabe iluminado pela mão espírita da virgem se engrandeça na humildade do seu antecessor e junte o enorme rebanho que tem à sua guarda, rebocando as ovelhas tresmalhadas e indique um só caminho para esse imenso mar de gente sem sentido de orientação.
Serão três dias de oração num país a abarrotar de cristãos e sedentos de soluções para a melhoria das suas vidas e acredito, muitos deles a pedir um milagre a Deus que lhes enviou o seguidor da igreja do seu filho Jesus Cristo o salvador.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Sondagem do Espaço da Inspiração



Começou por uma brincadeira e virou inquérito pessoal com ilações que merecem reflexão.
Cruzei-me com um colega e numa breve troca de impressões, a dada altura perguntei-lhe qual o melhor que lhe poderia acontecer nesta fase de tantos altos e baixos.
Esperava tudo menos o que me respondeu!
Esperava até que me dissesse que o melhor era sair-lhe o Euromilhões, para dar vida aos seus sonhos e pintar de cor de rosa os ainda longos anos que lhe restam.
Mas não o homem disse-me simplesmente que o melhor para ele era o Benfica perder o campeonato Domingo, perante o seu público!
Fiquei estarrecido e olhei-o uns segundos meio parvo.
E ele voltou à carga: podes crer dava-me um gozo infinito. Ver aquele mar vermelho a afundar-se na escuridão infinita do oceano. Nesse momento era uma sucessão de orgasmos que teria!
Então resolvi dar uma volta pela zona onde moro e interpelar uma dúzia de conhecidos e como quem não quer a coisa perguntar: o melhor que lhe poderia acontecer nesta fase de tantos altos e baixos.
Tudo o que não fosse benfiquista e eles são: portistas, sportinguistas, bracarenses e por aí fora. O seu maior desejo era o pesadelo para as águias, no seu próprio estádio com a festa já preparada em longas mesas alinhadas.
Numa manhã percorrendo uma Urbanização repleta de cafés e pastelarias como ervas daninhas. Descubro para meu espanto que, o melhor que poderia acontecer nesta fase de tantos altos e baixos, a dezenas de pessoas numa espécie de sondagem para o Espaço da Inspiração! É o Benfica ficar com as calças na mão, deixando fugir o campeonato como peixe que se tenta agarrar só com uma mão.
Estamos perdidos!
O país a abarrotar de graves conflitos sociais e o povo que me rodeia a pensar no gozo de assistir ao morrer na praia do Benfica campeão.
Dizem eles que lhes dava uma adrenalina intensa que ajudava a esquecer o verão quente que aí vem, com as medidas impostas, que vai estorricar os miolos de muita gente.
Presumo que pelo país fora o sentimento é idêntico. E temos uma grande parte do povo português, a torcer como o melhor que lhe poderia acontecer nesta fase de tantos altos e baixos. Era o Benfica terminar o jogo numa choradeira de desespero, perante ver fugir o Campeonato por entre as mãos e pés já adornados com o dístico português.
Como não acredito em milagres, milagres só na lua. O Benfica será campeão merecidamente e para bem do futebol português um campeão com um futebol à altura dos melhores da Europa.

Lisboa Não Altera a Taxa



Andamos de oscilações em oscilações, mandando no rumo deste país que acorda a espreitar a abertura da bolsa, roendo as unhas tamanho o nervosismo.
Almoçamos com as notícias da queda de dois degraus da mesma e a tentativa de nos colar à Grécia.
Jantamos com o resumo final do dia onde as novas são sempre velhas já que nunca recuperamos de um salto para nos situar no positivo. Mas sim, só recuperamos metade do que perdemos no dia anterior.
E deitamo-nos a fazer contas de cabeça, como iremos acordar (se conseguirmos dormir bem), para enfrentar mais um dia carregado de nuvens negras prontas a tocarem-se e descarregar as más novas que infelizmente já nos vamos habituando.
Todo este cenário enquanto procuramos fazer o dia-a-dia. Certinhos e direitinhos, porque pode vir mais uma vaga de tudo perder o pouco que anos a fio nos levou tanto a conquistar.
O Papa está a chegar e pode trazer a água benta tão necessária para benzer o país.
Precisamos de milhares de garrafões para chegar a todos os cantos. E como a água benta queima o diabo à solta. Assim iremos descobrir quem são os diabos que manipulam os sectores primordiais e escorraçá-los para o inferno que fica no deserto das aldeias beirãs com os casebres ao alto a lembrar o povo que já lá viveu.
Entretanto Lisboa será o centro das atenções da divulgação das novas taxas de juro que tudo indica, ficarão na mesma. Já que tudo se mantém tão mau que mexer na merda, pode dar um mau cheiro e chamar as vespas para obrigar os desafortunados a pagar o que já nem com os anéis podem amortizar. Porque já se foram tão rápido e cheios de memórias queridas, que só ficaram os dedos calejados de enxadas que pedem terra para alimentar o acreditar num futuro mais optimista.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Festa da Cidade Cria Euforia


Manhã fresca. Depois de um Domingo de festa cá em casa, onde se juntou dois casais que se conhecem como os tremoços. E os filhos com idade de se verem livres dos pais, mais dois amigos porque a cidade vive as festas anuais, que enchem qualquer canto de povo ávido por se distrair, fugindo assim aos problemas que cada um enfrenta neste momento de tremores quotidianos.
Acorda-se meio ressacado depois de se comer e beber tudo e mais alguma coisa, por entre conversas banais e recordar episódios rocambolescos. Já que a tarde foi pequena para esgotar o convívio, primeiro no meio dos feirantes a acotovelarem-se uns aos outros e muitos curiosos que compram tudo com os olhos, mas com a carteira vazia. E um barulho ensurdecedor, saído dos divertimentos tão barulhentos e dos pregadores aciganados com pulmões do tamanho de elefantes.
Depois a noite ia longa quando finalmente porque era mesmo necessário, cada um voltou ao seu lar e era a hora de deitar a cabeça um pouco zonza de tanta barafunda.
Festas e mais festas. Mas isto não está para festas!
Pensei eu, mas lá estou com um pouco de tudo que depois de sentados só lá saímos com tudo devorado.
O português come que se farta e bebe como uma esponja!
Na hora de dar um giro para tomar um café e apanhar um pouco de ar. Os quatro meio divertidos rua acima, lá seguimos para o Faria, que trazia recordações aos convidados que há muitos anos não lá punham os pés.
Enquanto caminhávamos, assistíamos à debanda dos cafés até então, repletos de adeptos depois do final do jogo. Em que o semblante era comedido já que nem a vitoria dos portistas dava fôlego para festejos, já que a época foi má de mais para ser verdade. Nem pelas bandas dos encarnados que adiaram a festa para que a Luz incendeie de uma vez por todas.
De regresso a casa para o copo final, já bem eufóricos e felizes. Recordamos vivências antigas na passagem pela casa onde fomos viver logo que casamos e com dois gritos a raiar a embriagues. Fizemos sair o antigo e amigo vizinho com a vassoura na mão assustado pela possível intromissão, mas logo sanada ao vislumbrar as figuras bem conhecidas que faziam de lampiões à entrada dos portões.
Agora a ressaca tende a atenuar para que o feriado municipal seja vivido com as romarias que reflectem a cultura das várias freguesias (e são 89), onde ainda se cruzam tradições e modos de vida, que pensávamos há muito tempo suprimidas.

Foi o Adiar da Festa



O empate era o meu palpite, que agradava a quem queria fazer desde já a festa.
Esteve bem distinguido primeiro no relvado que dava justeza ao ombro a ombro de duas equipas com pensamentos diferentes.
Uma apostava na vitória para apagar recentes memórias.
E a outra apostava no menos mal que era o empate, para garantir desde logo a festança.
Durante alguns minutos no ecrã gigante que protege do vento de uma das aberturas do dragão. O empate era bem legível, levando muitos espectadores a vaticinarem como resultado final. Mais a mais com o Porto reduzido a dez, parecia um mal menor, para quem poderia tudo arriscar e nada alcançar.
Mas durou pouco e o Porto ainda o Benfica vivia sob o sabor do golo que dava o pensamento da festa. Voltou à dianteira no marcador e aí o sonho terminou!
O Benfica foi às cordas e levou mais um soco. Terminando o jogo a pensar que a ultima jornada será a garantia do soltar da rolha do champanhe que ainda se encontra amordaçado na arca dos gelados.
O Porto venceu mas pouco lucrou a não ser a vitória merecida sobre o futuro campeão. Já que só lhe garantiu a consolidação do terceiro lugar. Tão longe do lugar que anos seguidos foi seu e ainda mais longe dos milhões que ano a pós ano amealhou.

domingo, 2 de maio de 2010

O Campeonato Está a Chegar à Hora H


Um Porto - Benfica é a cereja em cima do bolo para que a festa atinja a plenitude.
Será um duelo onde as contas a ajustar é a prioridade de um dos lados.
Esse mesmo lado irá lançar os foguetes.
Quererá vê-los rebentar espalhando toda a beleza numa espécie de cogumelo às cores.
E tem a certeza que apanhará as canas, encerrando os festejos da melhor forma possível.
Foram meses de espera e é chegada a hora de mostrar que quem perde uma batalha não é sinónimo de perder a guerra.
O palco está engalanado. Não se descurou nenhum pormenor para que a festa seja um sucesso!
Os convidados foram escolhidos a dedo, embora o adversário tenha direito de se apresentar com as bandeiras e os cânticos que darão no seu entender o incentivo eficaz para atingir o objectivo pretendido.
Mas quem é anfitrião assume toda a grandiosidade da festa!
E não querendo perder o protagonismo normal que a jornada lhe proporciona. Tratou de abafar os incipientes rasgos de incentivos dos visitantes e promete um espectáculo de arromba. Com cor, alegria e se for preciso umas achas de ferocidade para encolher quem se quer por de corninhos de fora.
O espectáculo irá iniciar-se com a noite a encobrir o país e todos os espectadores, já com a barriguinha cheia de comes e bebes e ansiedade pelo meio. Irão se prostrar de olhos esbugalhados em frente do canal dos ricos, para decidir ou não o campeão nacional.
É disto que o nosso povo gosta futebol cheio de adrenalina!
Um clube fanaticamente em torno de um região, vai receber uma nação com adeptos mesmo em Cantão.
O anfitrião joga a honra e como disse o ajustar contas devidas em episódios passados.
O visitante goza de ser a melhor equipa do momento e como tal pode decidir o campeonato a qualquer momento.
Espera-se pulso forte em todas as vertentes.
Claques bem comandadas desde o ajuntamento, até ao recolher.
Arbitragem isenta e coerente.
Jogadores inteligentes e virados só para o que sabem fazer.
E para ninguém se ficar a rir, embora chegue para mais cedo a realidade ser evidente. Um empate une toda a gente, depois dos comentários ainda a quente.

sábado, 1 de maio de 2010

1º De Maio dia do trabalhador



Dia de quem labuta pelo sustento diário para acalmar as bocas insaciáveis que nos enchem o lar.
Dia que relembra a luta dos trabalhadores muitos anos antes, contra a escravatura e pela conquista de melhores condições laborais. Muitos deles pagaram com a vida, numas mortes que deram frutos para alimentar melhor, quem continuou a lutar por mais e mais remuneração do seu trabalho, que faziam ao longo dos seus dias.
Hoje o primeiro de Maio é ensombrado pelo desemprego que ameaça ruir uma estabilidade social presa por arames.
São já milhares que pululam de empresa em empresa para procurar trabalho e garantir com o carimbo da mesma que estão lá para conseguir o que hoje se está a tornar quase impossível.
Não existe trabalho para todos os que estão desempregados e nesta realidade caminhamos até rebentar a bomba que é como quem diz acabar o saco dos subsídios e lançar para a rua mais bocas sedentas de dinheiro para alimentar quem tem em casa e tudo fará para o conseguir mesmo que para isso force o esticão aos desprevenidos.
Hoje o primeiro de Maio arrasta a angústia de quem já não tem emprego, porque tempos houve que esses milhares vinham para a rua festejar o dia dele porque se sentiam trabalhadores e hoje carregam o semblante de desempregados.
Talvez por isso, muitos deles juntamente com os restantes que ainda se levantam dia a dia, para picar o cartão e não estão livres de um dia para o outro ficarem na mesma situação. Utilizem o primeiro de Maio, não para festejar. Mas sim para lutar contra o desemprego e interrogar os governantes alto e em bom som. Pelas soluções no combate ao desemprego e diminuir a aflição de quem já se vê incapaz de lutar contra as portas fechadas das empresas deste país.
Ainda por cima com o já anunciado corte nos subsídios, sempre uma das muitas soluções que os políticos descobrem para recuperar o país. É só estalar os dedos e pum. Já está!
Quem paga as favas são sempre os do costume. É como bater no ceguinho.
E todos nós nos deixamos levar com o rolo da massa bem em cima dos custados, porque somos os pobres desgraçados que alimentamos o canhão que precisa de carne para resolver as incapacidades dos nossos governantes, mais virados para o compadrio e muitos deles mergulhados em corrupção já tão nítida que alimenta as primeiras páginas de todos os jornais do país.
Não temos quem nos governe. Não temos em quem confiar. Não temos horizontes para o futuro.
O primeiro de Maio é comemoração de grandes conquistas do passado.
Esperemos confiadamente que traga ainda o rastilho da insatisfação popular e incendeie as tochas que iluminaram o caminho da esperança. Porque o primeiro de Maio tem que ser recordado sempre, porque é o dia do trabalhador!