sábado, 30 de janeiro de 2010

A Vianatece Esteve no Preço Certo



Normalmente faço o jantar e no meio da preparação por entre cenouras, cebolas, camarões e lulas para umas espetadas que enchem o olho da garotada. Gosto de me divertir com o Preço Certo.
Nessa hora a TV abre os olhos para a garotada, por entre travessuras dos moranguitos e bonecadas para os mais pequerruchos, eu rio-me com o gordo.
Agora o Preço Certo virou entretenimento para as pessoas de mais idade e são eles a grande maioria, que enchem aquele espaço onde o gordo com as assistentes de encher o olho, alegram a hora de preparar a janta e no meio de partir a cebola que faz chorar, rio-me com as expressões do baixinho. Com as caretas daquele rosto que imitam as personagens do shrek e dão um colorido ao programa que anima meia hora do dia e faz rir, porque rir é o melhor remédio .
Então quando é directo é demais! O gordo perde-se com a pureza dos concorrentes que no meio de um nervoso miudinho só pedem um buraco para se esconder.
Lá chega o momento do verdadeiro e do falso.
A concorrente aposta no verdadeiro. O gordo coça a orelha dizendo que não ouviu. A concorrente já atarantada dá o dito por não dito e corre a corrigir e o falso é prontamente anunciado.
A menina inclinando-se ligeiramente, fazendo realçar os dotes peitorais que trocam os olhos a qualquer um, lá desanda a geringonça e o concorrente acerta em cheio no palpite, depois de o gordo quase o obrigar a alterar a primeira escolha.
Por entre saltos de alegria, no prémio ganho o gordo desabafa “as coisas que esta mulher sabe….”
O jantar está a ganhar forma e o Preço Certo avança para a parte em que todos anseiam e a roda gira para apurar o finalista.
O tema é o produto nacional e os prémios são exclusivamente cá do País e para meu espanto no meio de virar as espetadas já a deixar água na boca. Ouço os patrocinadores, que aproveitam a montra Preço Certo para mostrar o bom que tem nas suas empresas e lá está a da família Vianatece, artesanato e tecelagem.
Com colcha, onde a bela checa se estende realçando os dotes que Deus lhe deu.
Tapetes de folhados onde o gordo realça como passadeira para a fama.
E atoalhados para limpar o corpo vistoso da assistente, que faz inveja às famosas que dão colorido às revistas cor-de-rosa.
Fiquei vaidoso por a família entrar na casa dos portugueses através do Preço Certo que alegra quem vê, num programa de grande simplicidade e de alegria para quem participa.
O povo gosta e cada vez mais pessoas lá chegam. Muitos deles levando lembranças que representam as tradições dos vários pontos do País. E é gratificante para quem assiste, descobrir naqueles rostos de pessoas simples, tanta alegria. No meio de belas tiradas do gordo, que tanto se esforça para não se tornar numa bolinha patusca, mas que tem uma boca sempre pronta a devorar as jantaradas oferecidas.
De apanhados no meio da assistência, que fazem rir pela ingenuidade pura de quem é focado e não se apercebe.
E da estonteante alegria de quem vence a montra, em palpites lançados pela plateia e que lhes cai em cima num turbilhão de alegria a que nem o gordo escapa.
É disto que o nosso povo gosta e quando assim é, é deixar o gordo apresentar mais uns anitos.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Temos Tudo e Nada, no Mesmo Momento




Olha, eu nada tenho!
Estou a varrer a rua por onde andei trinta anos!
Onde conheço como as palmas da minha mão as tampas das águas, muitas delas quebradas, mostrando num orifício do tamanho de um braço, onde um pé distraído pode se enfiar num desastre de esfolar uma canela. Como acontecia em noites frias e chuvosas, com o sono ainda pregado ao corpo franzino, que enregelado seguia o destino que alguém traçou, ainda a necessitar de armadura para se resguardar do precoce crescimento.
Onde conheço todo o percurso em passeios com as entradas em pedra das casas do bairro, sem desconhecidos já que os rostos eram sobejamente conhecidos. Que no alto Verão trazia as pessoas para a treta já que a noite quente não deixa ninguém pregar olho.
Onde conheço os automóveis da vizinhança que estacionavam em cima dos passeios, obrigando a desviar-me dezenas de vezes para deixar a rua que termina no fundo da descida. De encontro á estrada central da avenida que termina e se inicia numa rotunda. Pudera!
Numa de deixa andar que assim é que o barco navega!
Navegou em mares sem sobressaltos, ora em passeios de recreio. Ora em fainas pesqueiras para sustento de pais irmãos. Mais tarde filhos e alguns amigos que por cá passaram, em momentos que ficam gravados nas entrelinhas de uma vida.
Era um, deixa andar ao sabor do vento nada agreste por estas paragens, que bastava uma vela poderosa, para o endireitar rumo ao rambe, rambe diário.
Diário de muitos anos, onde dias e dias a fio nada acontecia. Dava a sensação de que o mundo tinha parado, como a idade que não dava sinais de avançar.
Agora o barco encalhou e é necessário levantar-lhe o casco!
É bem verdade! A bonança deu lugar à tempestade que atirou o barco borda fora e depositou-o à entrada do acreditar no impossível.
Agora o impossível deu mesmo lugar a tal e toca a reunir as forças para combater as fraquezas e mesmo dentro da mesma rua, que calcorreei durante trinta anos. O horizonte deixou de ser o mesmo e outra luz se ilumina para, granjear energias e ir à luta, enfrentando oposições que irão dar lugar à construção da cadeira onde serei recebido pelo destino.
A vida abre as portas dos desafios! O segredo é descobrirmos a porta certa, no momento certo.
Se assim for, ela abrisse-a de par em par, para dar as boas vindas a quem vem lá!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Beleza de um Corpo Novo



Projecte um
Corpo Novo





Como uma árvore sem folhas
Um corpo livre de pêlos
Depilação definitiva a qualquer hora em qualquer dia (fotodepilação)

A Luz que desperta a Pele….

Fotorejuvenescimento
Terapia do acne
Esterias
Anti-manchas
Fotodepilação




CAVISTATION



LIPO-ASPIRAÇÃO NÃO INVASIVA

TRATAMENTOS

ADIPOSIDADE
CELULITE
EMAGRECIMENTO
TONIFICAÇÃO
TRATAMENTO ANTI-AGING

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para ti…….










O meu corpo sente um abraço, com paixão pura de quem nunca abraçou com a mesma frescura!

O meu corpo sente o amor entrelaçado pelos braços que se tornam imensos,
como jibóias que nos sufocam.

O meu corpo sente os braços prendendo a sofreguidão da excitação
e quer libertar-se para descarregar a exaltação.

O meu corpo sente o cheiro do teu perfume natural, que a natureza te envolveu,
como um véu para o altar.

O meu corpo é o meu corpo que te quer para o amar.


O meu corpo sente a necessidade premente do teu bafo ardente,
como aconchego de manjedoura.

O meu corpo sente a aterragem do amor, para lá se estacionar

e reabastecer a paixão.


O meu corpo sente, sente a pureza dos teus beijos
e o leve toque envergonhado
das carícias tão íntimas.

O meu corpo sente o amor que tem por ti, que segura tentações
e jejua das ambições.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Domingo Belo Domingo



O sol despontou pela manhã! Trazia a certeza de ter vindo para ficar pelo menos uns dias a fio e tão aguardado ele era.
Saí de encontro a ele! Aí que saudades ai, ai!
Estava com um sorriso de orelha a orelha e lá fui até à beira-mar, num passeio matinal com a companhia da minha jovem e com o sol a bater nos vidros e a brilhar de encontro aos rayban já com muito tombo, mas que me acompanham para todo o lado, quando o sol pega de estaca e tenta ferir os meus olhos claros.
O mar estava calmo e o tempo espectacular!
Dei uma olhadela ao peixe que se encontrava nas bancas e lá fui observando os Robalos em todas as bancas, o sável para cima de quilo e meio, as fanecas bem grandes, o sargo de vários tamanhos, as pescadas bem fresquinhas, uma corvina de mais de três quilos e sapateiras ainda a esticar as pernaças.
Enfim peixe para todos os gostos, mas de preços elevados, que não deixavam muita margem para escolher.
Esperei que a azáfama passasse e num passeio pela marginal, observei o mar bem calmo, com o areal bem largo, onde algumas pessoas passeavam os cachorros e davam largas ao amor que tinham pelos animais.
E assistia ás correrias que entravam pelas ondas que subiam o areal e ás festas que lhes faziam que acabavam em saltos e lançamentos de paus trazidos em segundos já que nem na areia tocavam.
Tomei um café na esplanada da praça e admirei a enorme rocha bem dentro do mar que amparava a onda num rebentar de esguichos esvoaçantes, que davam uma beleza estilhaçante de espuma branca que se extinguia no ar.
Namorei um pouco entre caricias e apertos. Sob um sol maravilhoso que convidava a um sorriso e a uma troca de olhares apaixonados que terminavam num beijo prolongado e delicioso.
A hora avançava e voltando ás bancas do peixe rematei dois robalos e um sargo para três refeições. Entre peixeiras que queriam que trouxesse tudo ao preço da chuva.
Regressei para junto do resto da família e numa refeição partilhada, com conversas que se cruzavam entre todos e originavam que o mais novo ficasse triste porque ninguém o deixava falar, voltei de novo a sentir o sol, antes que ele se fosse para lá das montanhas e desse lugar a esta noite, que trouxe o frio, mas também a certeza de que amanha o sol voltará para nos fazer companhia.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O Corre, Corre para Aprovar o Orçamento



Está no fim as reuniões para aprovar o OE2010 e nesse vai e vem de idas ao Palácio de São Bento, ficava-se a saber que se tinha dado um pequeno passo para um entendimento mas nada estava decidido.
Sabia-se pela boca dos mandatados, que existiam matérias, onde a convergência de interesses era ainda flagrante e como tal, novas reuniões eram fundamentais para dissipar todas as dúvidas.
Como os mandatários eram pequenos correios enviados pelos líderes partidários e daí nenhum fumo branco surgia. Apressou-se a ser esses mesmos líderes a lidar com a situação e o Palácio de São Bento, tornou-se uma romaria para de reunião em reunião, chegar-se à conclusão que todos querem: ver o orçamento de estado para este ano ser aprovado.
De conferência em conferência, com destaque para o CDS, apercebemo-nos que era esse mesmo partido que iria apanhar o comboio do orçamento. Mas o PSD, puxando dos galões de maior partido da oposição não se deixa ficar para trás e quer ter voz activa em tão momento peculiar como a aprovação.
Então a líder também se desloca ao Palácio e sai de lá com cara de ter visto algumas das suas reivindicações serem consideradas e fica com semblante de criar o suspense nos jornalistas. Ao anunciar que se resguarda numa espécie de retiro de fim-de-semana, bem longe da azáfama citadina, para ponderar muito bem na intenção de voto do seu partido.
Enquanto isto Paulo Portas, também adiou para amanhã a sua intenção de voto e claro aqui o suspense também está instalado.
A oposição tenta fazer valer o seu poder para que o OE2010, seja aprovado.
Ao governo ter o apoio do PSD, era ouro sob azul, o que traria a responsabilidade do partido que lidera a oposição para futuros compromissos mais lá para a frente. Uma espécie de comprometimento.
Ao invés deixaria de fora o entendimento com o CDS, já que Paulo Portas é useiro e vezeiro em entrincheirar-se com os mais necessitados: agricultores, pensionistas, pescadores. Para fazer deles os bombos da festa da política deste governo e assim granjear dividendos que lhe estão a segurar o barco na navegação centrista.
O que é verdade, é que estão a deixar para o último dia, aquilo que já todos estão à espera!
O orçamento irá passar porque o governo cedeu às reivindicações (melhor dizer, que houve um entendimento, dentro de cedências mutuas) do PSD, mais realistas que as do CDS. E como tal, iremos ter o PSD, como o suporte da passagem do orçamento e não me admirava nada que Portas, sabendo que deixou de ser primeira escolha, apesar de ver também acertos no documento, optasse pela abstenção.
Foi uma semana de correrias para conhecer as intenções da oposição. Começando no Ministro das Finanças e terminando no Primeiro-ministro, porque só ele é que tem o dom de aceitar ou não as propostas da direita.
Claro que pouca alternativa tem, já que depende do voto de um deles para ver passar o orçamento. Fundamental para a estabilidade deste país ameaçado em rebentar pelas costuras, como diques que rebentam tamanha a força da natureza.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A manhã Está Húmida e Fria




Já a estou a olhar quando levanto a cortina lavável, ao mesmo tempo que preparo o pequeno-almoço aos garotos.
A manhã ainda bebé, mas já ameaçando chuva, uma bela prenda para o resto do dia. Mas nada de grave já estamos habituados com este tempo e estas manhãs chocas.
Elas multiplicam-se em constantes acordares de desânimo, por virem salpicadas de tempo chato e deixam rastos húmidos por onde passamos a caminho das nossas vidas.
Os filhotes lá vão carregados com as mochilas que lhes entortam a coluna e fazem deles uns burritos carregados de livros para serem doutores.
Juntam-se aos colegas que à entrada esperam pelos mais atrasados. E lá vão de sorriso aberto e contando as suas peripécias, numa idade ainda tenra, que lhes mostra o outro lado da incerteza.
Levam os seus sonhos ainda sonolentos, a caminho da escola que se enche de alunos, logo bem cedo porque é bem cedinho que o dia começa para eles.
Esperam-lhes um percurso difícil, nesta sociedade cada vez mais fechada em si e sem sentimentos para os que a fazem girar em prol de unir a humanidade no caminho da igualdade fraternidade e oportunidade.
E eu lá saio a caminho do nada à procura de coisa nenhuma, mas querendo tudo!
Querendo o naco que nestes anos me alimentou todas as necessidades.
Me ajudou a criar o futuro dos meus.
E me mantém vivo para olhar em frente, desafiando os comedores dos mais fracos a meter a viola no saco.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Rebentou a Bomba



Estava camuflada no segredo para muitos e certezas para alguns.
Mas de um momento para outro, elas aí estão ao serviço de quem as quer ouvir. E só vem provar o que todos nós já sabíamos.
Conversa daqui, resposta dali, com perguntas pelo meio, dá-nos uma salada de frutas, de toda a espécie. Desde a exóticas tropicais, às de cá do cantinho, de encher o olho e sem deixar duvida ao comum dos mortais.
Todos trataram de se defender, o melhor que soube! E no final, ainda as escutas estavam camufladas no cesto da fruta. Todos foram ilibados e os processos arquivados, pelo menos os de nomes sonantes, já que estou para ver neste país quem é condenado com a figura estampada nos caminhos da nossa sociedade, onde uma palavra pode ser sinónimo de obra realizada.
Alguém lançou estes diálogos de linguagem brejeira durante a madrugada, já que pela calada da noite pouca gente está alerta. E logo pela manha a bomba foi descoberta e num deflagrar intensivo, autentico terramoto que abala qualquer torre que esteja firme, desencadeou uma procura incessante.
Agora passadas poucas horas do seu lançamento, a grande maioria da população já se inteirou da novela do apito e toca a ser conversa de café. De intervalo para pausa no trabalho. E até de beatice nos balneários dos históricos adversários.
Já quem se sente lesado por tamanha ousadia, correu célere a processar o homem aranha que conseguiu sacar tamanho tesouro, já considerado segredo de estado.
Até alta figura da nação já deu ordens para se proceder a um inquérito rigoroso para descobrir os culpados de tão hediondo acto. E toca a reunir as tropas para sair à rua e apanhar os prevaricadores.
Só espero que o homem aranha que trepou as paredes e sacou o saco do apito, tenha a noção, onde foi meter o nariz.
Senão, terá o resto da vida infernizado e irá rezar a todas as santas, para o esconder bem longe, nem que seja nos escombros do terramoto. E mesmo aí será encontrado, nem que para isso seja necessário levantar toneladas e toneladas de betão.
Abriu-se um procedente, não importa o porquê!
Espera-se que outro homem aranha, traga cá para fora, outras escutas. Que encheram paginas e paginas dos jornais e com abertura de TV’s, em processos que encheram o olho do povo, para ficarmos a conhecer até onde vai o á vontade de pessoas que pensam que o mundo é deles e podem comprar tudo e todos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A Avenida Carregada de História


A avenida que deslumbra o comboio, carregado de calor do sul e leva as pessoas rumo ao norte.
A avenida local de encontro de namorados ofegantes. Amantes excitados. E casais felizes.

Serve de passeio para todos!
A cada passo calcorreado há, uma história contada. Um episódio recordado. Uma ideia partilhada.

A cada passo calcorreado há, uma carícia partilhada. Um longo beijo trocado. Dois olhos brilhantes de paixão.

A cada passo trocado há, um entrelaçar de dedos. Um palpitar do coração. Um suspiro ofegante.

A cada passo trocado há, um encontro de duas pessoas vindas de longe para abrir o coração.

A cada passo trocado há, um encontro de poucas horas, fervilhado em desejo e que se quer encantador.

A cada passo trocado há, um diálogo nervoso, que se esconde por trás de sentimentos.

A cada passo trocado há, a real certeza que o passeio findou e a luz da paixão esmoreceu.

Os passos trocados cessaram, deixando lá as pegadas marcadas pelo peso dos corpos carregados de ardor, quando o final da tarde, dava lugar à noite anunciada.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sonhei com um Caminho sem Fim


Um caminho cheio de espinhos nas bermas, que já deslumbro não muito longe. Ameaçando obstruir a caminhada e pior, entrelaçando-se para mais dificultar a sua passagem.
Um caminho de uma vida já longa, com passagens planas e sem sacrifício na maioria da sua existência, mas de longe a longe com buracos sensíveis que ameaçam de um momento para o outro se abrirem de par em par, para me puxar para bem fundo e cegar-me com a escuridão inacessível.
Sonhos são sonhos!
Muitos deles durante um sono longo que podem acontecer numa noite agitada, fruto das inquietações próprias do dia-a-dia. Que me obrigam a dar voltas e voltas na cama, consoante a intensidade do mesmo.
Mas também surgem já desperto, virado para o alto, tendo como vigia o candeeiro em forma de tê ao contrário. Com os dois copos que dão luz, mais parecendo dois olhos, que no escuro me sondam. E vigilantes, seguem o que o meu cérebro transmite ficando a par do que estou neste caso, a pensar.
São esses olhos a dois palmos do tecto que me alertam para as razões ou não, dos meus pensamentos (ou sonhos, porque também o fazemos acordados) e por momentos sinto um quase invisível clarão que me tenta alertar para o que me vai na cabeça, interrogando-me para a veracidade do que liberto. E num ápice ponho os pés bem assentes no chão, correndo rapidamente para os meus afazeres e esquecer as apreensões que me acossaram ainda a escuridão da noite prevalecia.
Os sonhos, acordados ou num despertar repentino. Levam a uma preparação que pode ser benéfica, já que funciona como a alavanca de não me deixar ser apanhado em contra pé.
Ajuda a resguardar-nos das emboscadas sem laço, mas que podem apertar tipo jibóia se nos apanham desprevenidos nos locais onde pensamos, sem probabilidades de acontecer.
Alerta-nos, para com um passo bem à frente, matar-nos à nascença qualquer veleidade de algo brotar. Neste mundo cão, que não olha a meios para se apoderar das fragilidades alheias.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobem ou não Sobem os Impostos


Afinal os impostos podem aumentar se a oposição não se portar bem!
Vai já avisando o governo, para como quem não quer a coisa sacudir a água do capote e obrigar a oposição a levar com as responsabilidades.
Os portugueses sabem o que o governo tem necessidade de por em prática!
E o governo ainda não descobriu a forma de como vai chegar aos portugueses para lhes incutir a necessidade extrema de aumentar os impostos.
E neste vai e vem de descobrir a fórmula de aumentar os impostos, o governo começa por utilizar a oposição como o possível bode expiatório para alcançar esta meta que mais cedo ou mais tarde será uma realidade infelizmente.
Para já só o CDS, se manifestou e até mencionou como bandeira bem hasteada. O compromisso de não aumentar impostos como condição para um eventual entendimento entre o CDS e o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2010.
Portanto, iremos assistir até à entrega do documento, a 26 de Janeiro. A, várias reacções dos outros partidos da oposição, sabendo que ao governo bastará o apoio do CDS, para fazer passar esse mesmo documento.
E como isso poderá ser uma realidade, os outros partidos irão aproveitar essa deixa do ministro das finanças e usar como proveito próprio. Mostrando aos portugueses que se não for agora, será mais tarde, quando a poeira já estiver bem assente, para não criar muita agitação social. Que o aumento dos impostos será uma certeza como uma das salvações para reduzir o défice.
Um dia cheio de reuniões para o ministro das finanças, com a oposição levou-o a acreditar que dali, daquele bloqueio insensível, poderá resultar um agravamento ainda mais drástico para o país. Porque a oposição insiste em medidas de corte de receitas, como a eliminação do pagamento especial por conta.
Resumindo: o ministro está com a batata quente nas mãos e está a querer lançá-la ainda quente para o colo da oposição para daí esfregar as mãos. Mas poderá não ser bem assim e ter que a engolir de uma só vez. O que não é nada agradável!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ainda o Haiti




Um país que virou escombros e gritos de imensa dor de uma natureza enfurecida!
Transformou-se em minutos em ruínas sob forma, de imensos corpos que jazem pelas esquinas da capital.
Onde as suas almas já libertadas daqueles corpos inertes e tesos pela morte repentina e sem contemplações, sobem o céu rumo ao oceano para se entregarem à natureza a quem pertencem depois de ela com a fúria que não à memória, as ter reclamado sem piedade.
Ruínas atrás de ruínas!
De edifícios já de si pobres que ruíram como castelos de areia, caindo sobre os indefesos que sem saberem o que lhes estava acontecer sucumbiram num minuto de Apocalipse tremideiro.
Ruínas de nada!
Já que o País era tão pobre que nada tem para atenuar a dor dos feridos aos milhares entre escombros que esmagam os membros de quem se quer libertar e abafam os gritos incessantes, de quem tenta desesperadamente sinalizar a sua vida, presa por um fio já tão ténue.
Ruínas de quem lá se encontrava para ajudar quem não tem nada!
Eram capacetes azuis cor da alegria e cor do céu juntamente com o oceano.
Foram dezenas deles enterrados nos poços cobertos de placas de cimento onde não há mãos com a força suficiente para as içar e levantar quem se encolheu sob o seu peso.
Jazem ainda sem sinal de serem descobertos e vão deixar escrito com a morte a força que tinham para ajudar este País miserável a obter um pouco de alegria para que o povo pudesse ao menos sentir o seu calor.
Ruínas vitalícias!
Já que são catástrofes em cima de catástrofes. Que o País cresceu em altura, devido a ser levantado a cada catástrofe que o visitava.
Ruínas que tentam agora serem rapidamente varridas!
Já que um enorme comboio de solidariedade emerge para o Haiti.
São linhas e linhas de transporte com a mesma direcção. Levam de tudo um pouco para ajudar a minorar tão grande sofrimento e os milhares de homens e mulheres que se prontificaram a por os pés neste País, tem a certeza absoluta que só saíram de lá com a convicção de deixarem um sorriso e uma mão cheia de esperança, aos que sobreviveram a tão hediondo cataclismo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Destruição Sistemática pela Natureza do Haiti



Um País que é abraçado pela fúria da natureza, que lhe leva o povo e lhe deixa os escombros, enterrados na sua historia.
Assistimos a tudo neste país, um dos mais pobres do mundo.
São tufões que tudo levam!
Levam as frágeis barracas de milhões de famílias e deixam-nas despidas de qualquer abrigo.
Mas o povo não se atemoriza e no pouco que tem à mão, toca a batalhar para reconstruir o pouco que possuíam e logo, logo. As habitações são erguidas para aglomerar extensas famílias que se amontoam em frágeis dependências.
Entretanto ainda não refeitos da infelicidade que a natureza os brinda. Surge as chuvas torrenciais que tudo alagam e deixam submersos os poucos recursos que o País ainda possui e toca a destruir novamente os irrisórios haveres de milhões, levados pelas enxurradas, que vão atulhar os campos cultivados, agora inundados pela imensidão da água que caiu do céu, para afogar as poucas esperanças dos haitianos.
Mas o povo já habituado a estes infernais rugidos da natureza. Não se deixa abater e toca a reunir as forças que ainda restam, para levantar de novo o castelo de palha para abrigar as populações, onde se refugiam milhões de famílias.
E lá fazem a vidinha deles, por entre a pobreza que mete dó, mas sempre esperançados num sinal vindo das doações para viveram ao menos uns tempos com alegria nos seus corações.
Como a natureza fez daquele cantinho o seu poiso para dar largas à sua fúria. Aparece agora de uma forma autêntico monstro que tudo derruba.
E num terramoto devastador arrasa este País e faz dele um gigante castelo de cartas e destrói-o num abrir e fechar de olhos.
Espalha a morte a céu aberto não olhando a meios para escolher as posições.
Enterra pessoas vivas na escuridão dos escombros.
E leva a dor aos que tiveram a sorte de estarem no lugar certo à hora certa, deixando-os desta vez sem soluções para se erguer.
É muita dor para um só País! É um castigo imenso para quem já é tão infeliz na procura de viver num espaço tão pobre e sem recursos.
A natureza descarrega o seu mal de estômago nas vítimas que lhe estão tão próximas.
Mas essa mesma natureza já lá habitava muito antes de viva alma ter lá assentado arrais e como os haitianos constroem a sua história por cima da devastação imposta pela natureza. Uma vez mais o irão fazer, com a ajuda de todos nós, porque este País quando a natureza resolve estar calminha no seu cantinho é um país de sonho. Com belezas deslumbrantes e quem pode lá ir visitar, fica encantado e com vontade de lá voltar. Mesmo que a natureza resolva de um momento para o outro manifestar a sua presença de uma força que nos deixa aqui tão longe com as lágrimas nos olhos por ver tanta dor e sem podermos lá chegar com um braço para ao menos os poder levantar daqueles escombros que os estão a matar a cada minuto.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Professor Marcelo é Único





Alia ter opinião para tudo e ao mesmo tempo, ter resposta para a opinião que tem. Ficando com razão nos dois sentidos da questão!
Ex: O Manuel Alegre para mim não tem perfil para ser presidente! Ponto final.
Mas atenção ao um milhão de votos conseguidos. E se tiver o apoio do PS, tudo somado conseguirá porque não, ser o próximo presidente!
O negativo para ele numa questão. Poderá ser o positivo depois de exprimida essa mesma questão!
O que nos leva no final a ficar com a sensação de que Marcelo está correcto.
Esta sua capacidade é ímpar!
Aborda todos os temas que lhe são colocados de uma forma tão espontânea que mais se assemelha ao devorar da galinha pela matreira raposa.
Não deixa nada em cima da mesa. Absorve o que lhe perguntam e num assomo de capacidade intelectual, arrasa as dúvidas de quem quer que seja e deixa a certeza de que nada mais havia para dizer.
Empurra para o sótão todos os que lhe fazem frente, já que a sua capacidade mesmo apanhado em contra pé, é enorme.
E não raras vezes, assistimos a um Marcelo de olhos esbugalhados parecendo saltarem dali para substituir os dos visados, na tentativa de poderem ver com a dádiva dos olhos dele e porem em prática a teoria do professor que rebenta pelas costuras de tanta bagagem adquirida através de um dom natural e da capacidade em sugar todo o conhecimento que este mundo proporciona.
Sinto que é uma figura que tem tanto para dar a este País, restrito a cérebros inteligentes. Mas a transbordar de cérebros de avestruzes. Que me leva a ter a certeza de ser mal aproveitado.
Espero que não passe ao lado de uma grande carreira. E que ponha todo o seu saber ao serviço de Portugal, porque homens destes, vão rareando e se ofuscam com as jogatanas do sistema, muito solicitado para este efeito.
Mas por saber que o sistema se rompe, perante homem de muitos consensos. Acredito, mais cedo ou mais tarde, será chamado aos grandes destinos da nação.
Falta-lhe esse passo para por em prática o seu peso em inteligência, na elevação deste Portugal espalmado como um tapete, servindo de limpa pés aos chupa-chupas dos sorrisos dos portugueses.

domingo, 10 de janeiro de 2010

As Quatro Horas de um Longínquo Final de Semana




Tive quatro horas olhos nos olhos!
Como conquista do final das férias, que ainda trazia o sabor do mar e o bronze agarrado ao corpo.

Quatro horas de sensações e divisões!
Sensações antes sonhadas com momentos de encher o olho e o astral na plenitude de um grande dia.
Divisões, entre o não assumir o óbvio. E tentar justificar, o que não se podia concretizar.

Quatro horas entre o real e o irreal!
Entre o aconchego de um sol radioso, correndo atrás de alguém, para lhe oferecer um ramo das mais belas flores, colhidas naquele verdejante jardim.
Mas de nada valendo a correria, porque o vulto cada vez mais longe se extinguia e o ramo cairia por terra, murchando logo que tombou nesse dia.

Quatro horas entre o certo e o incerto!
A certeza de querer lá chegar por entre estradas velozes e automobilistas nervosos.
A incerteza de ter de voltar com uma mão cheia de nada e outra com um sonho perdido.

Quatro horas de tristeza no fim!
Um fim, que só podia dar assim.

Um fim que eu senti que te desiludi!
Trazias o cheiro a flores silvestres para amparar a tristeza de quem chegava. E regressas-te por caminhos secundários para teres tempo de descobrir o que estavas ali a fazer.

Nunca me desiludiste!
Nunca, sei isso! Porque fui atrás de um apoio, de um ombro, de um sorriso. E mais não tive porque não quis.

Quatro horas que se podem repetir!
Agora mais responsável pelo que quero. E quero o baloiço só para mim. Sem tempo para o largar para qualquer miúdo, que possa me incomodar!

O Frio que nos Encosta ao Canto mais Quente



O que se pode fazer com este frio?
Aquecer o corpo, assistindo ao estalar da madeira quando o fogo a devora para nos dar mais calor.
E de vez em quando espreitar pela janela e ver que ninguém anda na rua!
Ninguém põe os corninhos de fora para coscuvilhar o que quer que seja.
Nem mesmo a canalhada, que se junta horas a fio nas entradas a curtir uns charros e a fumar seguido, ao som de músicas vindas dos telemóveis, sempre com o mesmo ritmo, que todos ouvem até à exaustão. Estão desaparecidos, metidos sabe-se lá onde a ruminar o que podem fazer e ninguém sabe o que fazem, este bando de inúteis.
O frio é mesmo intenso!
Torna os dias parecidos como catástrofes, onde tudo desaparece!
Não há sorrisos que se cruzam. Não há saudações de gente conhecida. Não há convites para duas de treta em bares cheios de história.
O frio assola toda a Europa!
Todos se queixam das diabruras do tempo.
Cobre como um manto branco vários países que esgravatam para diluir a neve que se amontoa, mesmo em tudo que é canto.
O branco dá uma visão espectacular, mas já está a por a cabeça à roda dos europeus que acostumados a acordar com os alpendres a ranger de tanta neve sob o seu tecto e os automóveis guardados por camadas brancas anti roubo. Tilintam de impaciência e rezam para que as temperaturas subam um pouco e lhes traga neve mais fofa, que dê para divertir e não para arruinar a paciência.
Nós, neve assim não temos. Cada um tem o que merece, já dizia o meu avô. Mas a nós, calhou-nos este frio que acompanhado por uma chuva mijona, estilhaça os ossos e enruga o corpo já ferido por ser obrigado a resignar-se às quatro paredes.
O frio veio para ficar mais uns dias!
Dá vontade de o mandar para o árctico e conservar os enormes icebergues que se estão a desmoronar devido ao aquecimento. Aí é que ele estava bem, junto com a sua atmosfera para remediar o mal que tanto lhe fazemos.
Mas teima em brindar de uma forma que não deixe duvida, a velha Europa.
Como não existe remédio para o correr daqui, é aguentá-lo aconchegados ao calor do lume e ao encosto da família.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Pronto, à Casamento Para Todos!




O casamento era sagrado entre homem e mulher ouvia eu quando garoto.
O tempo foi mostrando brechas e o sagrado foi ficando para trás, encostado às portas dos confessionários, cada vez menos visitados, já que dali já não vinham soluções para aguentar tamanhas pressões.
Tornou-se normal um casal quando não está bem, procurar outro ombro para dar largas à sua felicidade e voltar a refazer a sua vida. Porque nesta vida à espaço para voltar a puxar a história atrás e voltar a começar de novo, na tentativa de não voltar a cometer os mesmos erros, já que todos dizemos que aprendemos com os erros cometidos.
Até que o parlamento aprovou o casamento civil a todas as pessoas adultas!
Grande vitoria para quem ao longo de meses e meses a fio, lutou por este dia.
E assim à casamento para todos! E todos têm os mesmos direitos!
A partir de agora será uma constante presenciar casais do mesmo sexo, passear de mão dada, nas marginais, saboreando o sol e mostrando todo o carinho que nutrem um pelo outro.
A partir de agora temos que preparar os filhotes a entenderem que duas pessoas do mesmo sexo podem e devem mostrar os seus sentimentos mesmo quando se cruzam num passeio familiar.
É tudo uma questão de tempo e tudo será como dantes, ou seja cada um que faça da sua vida o que entender. Todos diferentes, todos iguais.
A Sociedade caminha a passos largos, para nos mostrar que tudo é possível neste mundo em constante movimento.
Ser feliz é um sentimento que pode estar a um passo de ser real. Como levarmos uma vida inteira a consegui-lo.
Então se a melhor forma for, juntar duas pessoas do mesmo sexo, que seja! A felicidade não tem barreiras, não escolhe sexos, não se sujeita a regras.
Todos são filhos do mesmo pai e como tal tem direito de gozar dos mesmos privilégios!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Portugal está como o tempo



O sol irradia apesar do frio e logo mantemos um sorriso.
Procuramos os espaços onde o sol se faz mais sentir. Aquecendo o corpo e por momentos esquecemos o frio do tempo e da vida.
Vem a nuvem traiçoeira e tapa por momentos o sol.
Apaga o sorriso e liberta o queixume premente do arrepio sentido que percorre a coluna por entre socalcos de bolsos vazios.
A nuvem passa e o sol dá de caras com um País triste e resignado.
Então lança o seu brilho de uma forma mais intensa, para alegrar rostos escondidos nos cachecóis de vários tons e libertar esses rostos belos mas sem brilho, para que vejam a alegria que o sol lança bem de longe, mas com força suficiente para iluminar as tristezas.
São poucas as horas de um sol que teima em aquecer.
O frio mantém o ritmo de uma vida, teso de alegria.
Aumenta com o chegar da noite, fechando as portas para o afugentar. E ligando as lareiras, ora com chama. Ora com o calor canalizado.
Atinge a sua força pela madrugada solitária, que martiriza os desprotegidos.
E continua a bater o pé quando a manhã rompe por entre a geada branca e pelo roncar dos motores.
E num tique tac, de dentes que não à força de evitar, aparece o bem-aventurado sol para refrear este frio que mata sem piedade os indefesos pela idade.
E durante umas horas, aquece os corações amortalhados pelo volume de vestuário, que o sufoca da visibilidade de quem o quer conquistar.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Carta Enviada Como Sossego Para já, de Todos





O Presidente alertou.
Para a legitimidade do governo vindo de umas eleições recentes, avisando que o pais pode entrar numa situação explosiva e ao mesmo tempo alertou para a responsabilidade da oposição para o momento difícil que o País atravessa.
O governo acatou!
E vai daí, prontificou-se logo para numa missiva pública, chegar às mãos da oposição indicações para aproximações em matéria do Orçamento, que podem ser encorajadoras para a viabilidade do mesmo orçamento, ou de mera circunstância.
A oposição aplaudiu!
A iniciativa do governo, aproveitando para reforçar que era este tipo de aproximações, que sempre se bateu logo que a maioria do anterior governo se foi, apesar de o rosto do Primeiro-ministro ser o mesmo de à cincos.
O Presidente ficou satisfeito!
Viu a sua mensagem ter repercussões e atingir os objectivos imediatos pretendidos e deixou-o mais sossegado nas suas tarefas de agenda cheia nomeadamente em encher aviões com empresários portugueses, que vão com a missão de conquistar mercados e regressam com a certeza de as portas estarem fechadas.
E pensar convictamente na sua próxima candidatura ao lugar que quer manter por mais cinco anitos, o tempo que vai levar Portugal a sair do fundo da crise.
Talvez pensando, que é o único a assumir o verdadeiro papel da oposição!
E neste dar as mãos, o povo recolhe-se nas intenções, na grande maioria preocupado com outras individuais soluções.
Porque intenções poderão não passar mesmo disso.
A ver vamos!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Os Meus Blogues




O Delito de Opinião é um blogue especial!

É um blogue, que no momento em que o descobrimos não mais o deixamos fora da vista.
É um blogue, multifacetado e aberto a todos os comentários, alegres e até mesmo carrancudos.
É um blogue constituído por uma equipa de todos os quadrantes e espalhados por um Portugal pequenino.
É um blogue, de homens e mulheres do melhor que à na blogosfera. Inteligentes e pacientes, porque assumem o que escrevem e estão prontos a dar o corpo às balas.
É um blogue, de pessoas de chinelos de quarto e de botas da tropa prontos a lançar na direcção de quem se diz inocente quando eles sabem que estão mergulhados num lamaçal de desonestidade.
É um blogue, claramente da liga dos campeões, onde todos eles são patrocinados pelo pingo doce, porque mantém a mesma bitola desde à um ano.
Enfim é um blogue ainda bebé, mas que já deixou as fraldas. Conquistando amigos e “inimigos”.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Os Rascunhos de Alerta, Num País Pronto a Explodir


No inicio do ultimo mês do ano, resolvi fazer um apanhado de todas as despesas e para tal aproveitei o Excel, onde anotava tudo ao pormenor e hoje quando fui fazer o balanço, fiquei deveras espantado com tanta despesa e percebi como o dinheiro voa numa fase em que tudo é pago e o que se ganha está a ser difícil para tapar tantos buracos.
De facto daqui a algum tempo não ganho para a sopa!
A vida está mesmo má!
Tudo o que se consome é pago.
Tudo em que os nossos olhos se agarram é pago.
Tudo em que mexemos é pago.
A era do contínuo consumismo é terrível! Leva-nos couro e cabelo e lança-nos no lamaçal do gastar para viver. É mesmo gastar para viver!
Os rendimentos mingam como a carne no assador. E as despesas numa família que não pára de crescer e já se vê em dificuldades para por as pernas debaixo da mesa, tamanho o corpanzil que todos denotam, requerem malgas cheias de proteínas e calorias, a cada hora que passa e tudo devoram para manterem o estandarte que já vai nuns longos metros e noventa, um. E os outros para lá caminham.
Serviu para mostrar aos filhos que a montanha pode parir um rato!
E assim eles resfriam o entusiasmo de pedir dinheiro para o que quer que seja.
A Sociedade habituou a geração dos nossos filhos a ter tudo! Mesmo tudo!
Nasceram na década das vacas gordas e cresceram a beber os louros de um tempo que se vivia à grande e à francesa.
Hoje tudo é diferente e como eles não acreditam que as vacas desapareceram, só ficaram as gordas, a encher o país de obesidade mórbida, outro flagelo para deixar os cabelos em pé. É necessário tomar medidas e então toca a presenteá-los com a lista das despesas de um mês, para eles caírem em si e finalmente perceberem que o País está prestes a explodir e lançar focos de tragédia nos que já deixaram secar as fontes das receitas.
E eles não são dos piores, olhando aos que por aqui se encostam, cheios de vícios e malandrice empestada naqueles corpos ainda tão jovens e já tatuados de diabruras. Filhos dos amigos de infância e dos colegas de diabruras e brigas.
Neste campo são uns anjos. Os meus anjos!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Os Primeiros Passos No Acreditar


O sol agradava e dava um brilho ao primeiro dia do ano, enchendo os rostos com um sorriso acolhedor, embora com os montes bem em cima continuando a enviar a água que na véspera e nos dias antes encharcou tudo em que caía e era vê-la a correr encosta abaixo, só parando nas ribeiras a transbordar que corriam de encontro ao rio da zona repleto de detritos e restos de árvores putrefactas que as águas revoltas e ameaçadoras arrancavam à sua passagem.
Depois de deixar a família em mais uma passagem do ano que junta já várias gerações e relembra quem já nos deixou. Regresso a casa e num passeio de final de dia, para aliviar tempo demais sentado na cavaqueira e nos excessos comestíveis. Fazemos contas à vida e traçamos objectivos para que este ano que já entrou com os dois pés e sem contemplações, seja bem melhor que o que se foi e verdade se diga um dos piores para todos nós portugueses.
A noite já vai longa e o presidente alerta para as dificuldades via TV, numa mensagem sem novidades, mas cheia de alertas, que mais ensombra o ano de todas as decisões, para resolver prementes questões. Senão é o desastre social para muitos portugueses já cansados de tanto apertar o cinto.
Queremos todos, empenho da parte dos nossos políticos acabados de sair de umas eleições, para se virarem de uma vez por todas para os graves problemas que este país atravessa.
Queremos todos, acções visíveis e postas em prática para que a justiça seja célere a condenar quem abala a vida dos pacatos cidadãos. Para não voltarem a destruir quem ainda consegue se erguer.
Queremos todos, decisões concretas para atenuar o drama do desemprego, que envia famílias para os cantos sombrios da penúria económica que fazem destroçar em poucos meses, anos de contínuo esforço. De união e amor em prol da família que se julgava imune a qualquer vendaval que se intrometesse.
São desafios desesperados de uma sociedade em constante movimento num salve-se quem poder, porque deixa para trás quem não consegue acompanhar esse andamento frenético, que protege os mais audazes e como se constata, sem pejo de moral os que mais roubam para se encherem à custa de golpes baixos e que se livram mais cedo ou mais tarde, em julgamentos que protegem os que mais tem e descarregam a lei que não é para todos, nos infelizes apanhados na rede invisível que os enviam para as celas da podridão.
Os desafios são para serem superados! E acreditar em quem nos governa é o risco que temos de correr.
Os políticos são o que são. Não adianta, voltar a malhar neles.
Mas como nem todos são iguais, vamos confiar que esses diferentes poderão levar este País para uma realidade mais virada para os cidadãos e quem sabe levantar as amarras que o não deixam flutuar rumo a encarar o futuro com a certeza de que a luz ao fundo do túnel será uma esperança a curto prazo.