quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O Fim de Um Ano



O ano está mesmo no fim e lembrei-me de relembrar uns episódios que encheram este ano quase a terminar o seu ciclo, rumo à prateleira do fim da missão.
E como ele passou num abrir e fechar de olhos, porque chegamos a uma idade que os dias são horas a passar, é fácil enumerar os pontos que este ano deixou tatuados na minha vida.
O ano foi positivo!
Decorreu como uma pluma planando dia após dia, vinda do céu, que se quer azul como quando abrimos os olhos pela primeira vez ainda no tempo que a parteira Viera acorria a por cá fora os bebés que nessa época nasciam aos molhos e hoje são notícia em todo o lugar tão raros são.
A certa altura, levou com uma forte rajada de vento que a levou para direcções desconhecidas e sob ambientes gravosos que poderiam por em causa o caminhar constante, pousou na paragem forçada da progressão profissional e por lá se deixou encalhar tempo demais prestes a encher a paciência. Até que o rebocador despertou para voltar a dar luz e levantar voo ao sabor dos dias.
Rodopiando sob o trânsito infernal que se aglomerava nas horas de ponta, pousou no meu ombro e alertou-me para me desviar das tentações ilusórias de conversas coloridas, que elevam a auto estima pontual. Mas em dois dedos de conversa, levam a acordar de um sonho rodeado de luz de fogo-de-artifício e mergulhar chamuscado na baia da apreensão. E como tal, aconselhando-me a seguir as pegadas familiares que ao longo destes anos, encheram-me de paz, alegria e felicidade.
Entrou em meia dúzia de ocasiões no meu corpo em dias de calor sufocante e colada ao suor que cobria a zona do meu coração, aí se ficou a abanar ritmadamente o tempo que fosse preciso, para refrescar esse órgão crucial e dar-lhe a frescura tão necessária para que a sua missão se tornasse nessas alturas mais suave e eu não corresse riscos desnecessários.
E por fim terminou a suas idas e vindas, pelas alturas dos céus, que ficam por cima das nossas cabeças, alertando para os vícios citadinos que me podem empurrar para uns abalos doentios com consequências imprevisíveis se continuar a desafiar o destino que me reservou longos anos de vida numa redoma de vidro transparente tal a vida que levo, que de tão honesta que se envolve, brinda-me com benesses merecidas.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hora de Balanços, Já que o Fim do Ano está à Porta


Nesta fase do ano que está a dar os últimos passos, fazemos o balanço do que ficou para trás e tentamos que o novo ano seja sempre melhor do que este que agora o vento o está a empurrar para os anais da história.
Sempre foi assim!
Desejamos que o novo ano venha com outra cara. Que traga sensações novas, alegrias constantes e paz para todos.
Estendemos os nossos desejos aos que nos são próximos, para que a partilha seja recíproca e assim sendo partilhamos bons momentos e a felicidade de uns é a alegria de outros.
Foi um ano complicado para muitos de nós. Um ano fatídico para quem se encontrava no local errado, à hora errada. E um ano de desafios constantes e muitos deles com um fim conseguido para os que enfrentaram com unhas e dentes os obstáculos, deveras difíceis de transpor.
Mas foi um ano de por à prova toda a nossa capacidade em enfrentar e resolver situações de difícil solução.
Agora nesta altura não adianta chorar sob o leite derramado, porque não à volta a dar!
A volta a dar é aprender com o que se deixou de fazer e agarrar com todas as forças o bom que ainda possuímos e fazer das tripas coração para fazer valer a nossa força em vencer.
Vamos entrar no fim da primeira década de um século cheio de mudanças.
Mudanças na nossa maneira de ver o mundo. Ele está a caminhar muito rápido e se o não acompanharmos, ficamos irreversivelmente para trás e será o nosso fim.
Mudanças constantes em todas as áreas e é imperioso estarmos atentos, para caminharmos ombro a ombro com as suas transformações.
Mudanças nas mentalidades que dia a dia nos são apresentadas de uma forma, a não deixar duvidas e não nos resta outra alternativa de as absorvermos, para encararmos o futuro, senão ficamos definitivamente na cauda da evolução.
Portanto os desafios são uma realidade a cada ano que passa. Só nos resta olharmos bem em frente e deixar que este ano novo ganhe vida para, fazer parte dela e lutar todos os dias para glorificar as nossas conquistas e no final sentirmos uma vez mais que outro ano está a bater-nos à porta, com a ansiedade do costume, porque o tempo não pára. Corre, corre, muitas das vezes por caminhos travessos e só nos resta tentar puxa-lo para o trilho certo e seguir a nossa vidita, no nosso cantinho. Felizes, alegres e satisfeitos por aquilo que conquistamos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Noite Cai e o Natal lá se Vai




Mas como o Natal é a luz que aquece os despidos de conforto, deixemos ir a noite e guardemos o Natal para nos embalar todos os dias!

VAMOS aproveitar este embalo natalício e deixar-nos ir nas suas costas rumo á certeza de enfrentar a guerra chamada crise que nos empurra para o abismo e derrubá-la sem piedade, sem ponta de benevolência.
VAMOS de olhar em frente sentados no seu dorso derrubando barreiras com pontapés certeiros, nos pequenos obstáculos que se vão apresentando no nosso caminho cada vez mais amplo. E de garras afiadas, riscar os ventos ciclónicos que nos esbarravam no rosto e gritar a plenos pulmões que estamos vivos, bem vivos! Para sufocar os gritos histéricos, de quem quer impedir que derrubemos a malfadada crise.
VAMOS fixos no horizonte, para se for preciso ganharmos asas e voar, voar sem fim! Até atingirmos o degrau da segurança, da plenitude. E fazer frente às bruxarias dos que tudo podem e são agraciados com as benevolências dos prémios chorudos que contemplam uma dedicação em açambarcar para os seus donos aquilo que devia ser dos desamparados e dos oprimidos.
VAMOS de ouvidos atentos, aos rugidos prementes dos que nos governam. Manifestando já a queda, para que o cinto seja apertado, sempre nas mesmas barrigas onde os furos não tem espaço para mais um. E enquanto esmagamos os nossos estômagos, outros bem perto, só isolados pela segurança dos altos muros que cercam as moradias principescas, alargam aquelas belas panças, que nem deixam ver o tamanho do pombo que tudo papa.
VAMOS finalmente de encontro, à fé que nos pode salvar, em rezas diárias para elevar as nossas preces em direcção a Deus. Para que castigue os malfeitores desta tragédia que teima em amaldiçoar quem não tem canto para reclamar e por mais que nós não queiramos, teima em abençoar quem na escuridão dos gabinetes de mastros em riste, nos crucifique nos montes da desertificação e nas serras da solidão.

O Natal é Da Família



Os filhos gozam com as prendas e quando são instrumentos que elevam o barulho e os confinam a uma ideia, é bestial.
Um já tinha uma viola clássica, o outro teve uma guitarra eléctrica. E como os dois andam em musica é um toca daqui e um vira dacolá.
Um ensina o outro e o outro faz o que lhe mandam.
E numa tarde com lareira acesa e retidos em casa no calor e no acolhedor ambiente natalício, vivemos as incidências da consoada que verdade se diga foi um regalo para os corações e um elevar das paixões.
Tudo foi excelente, somos poucos mas criamos um ambiente único. Cedo nos resguardamos em casa e envolvidos nos doces tradicionais, juntamos a ajuda e cada um executa uma tarefa e conseguimos criar um ambiente harmonioso, que cativa quem por cá está.
São nozes para partir, pão para triturar e ovos para bater. No final embelezamos a mesa com as deliciosas rabanadas e os gostosos mexidos. Não faltando o bolo-rei e o pão-de-lo. Com chocolates em cada canto da mesa como milho para os pardais.
O bacalhau alto como o Cristo rei, faz a surpresa dos mais novos. É bacalhau para nunca mais ter fim e juntamente com a couve transmontana ainda com resquícios de neve recentes e a couve-galega das hortas das leiras da vizinhança da infância. Enchem as travessas e empanturram os estômagos esfomeados de quem vê o Natal com as tradições de gerações não muito distantes.
Depois de uma jogatana de poker, a valer rebuçados de Valdevez do tamanho do dedo polegar, onde o mais velho com galões de quem percebe do jogo (tomara, bate noitadas no poker via computador), aconchegamo-nos no sofá e com o bater das doze badaladas lá se inicia o ritual dos rasgar dos embrulhos para gáudio do miúdo que distribui as prendas e expectativa dos mais crescidos.
Uma e mais uma. São já duas mãos cheias a distribuir por cinco e chegamos à ultima, aquela que é dada pelo pai em conjunto com os filhos e desta vez o pai perde a cabeça e contempla a mãe com um conjunto de jóias que a deixa muda de espanto!
Custou-me os olhos da cara, mas como se perde a cabeça uma vez na vida, chegou a altura!
Todos ficaram de boca aberta. É realmente uma beleza!
Ainda agora a surpresa está bem vincada naquele rosto que já lá vão uns bons anos, me levou a ter a certeza de ter encontrado a mulher da minha vida.
Como me sinto feliz por a ver sem palavras por tamanha façanha de minha parte. Oferecer uma prenda que enche o olho é uma sensação única. Tomara, são objectos únicos e de valor que me vai levar anos a pagar. Mas quem merece tudo vale a pena, quando tem alma que enche o ar que respiro.
O Natal é tudo para mim!
É a Família reunida. A Paz envolvida. O Amor em cada olhar!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Natal Dos Milagres




O NATAL É MAGIA!
Por isso liberta-a todos os dias
Que iluminará o nosso coração carregado de amor
Para guiar quem nos fascina!


O NATAL É PURA TRANSPARÊNCIA!
Amolece mentes violentas sedentas de dor
Amansa sentimentos outrora demoníacos
E aconchega-os ao calor da lareira partindo pinhões de alegria


O NATAL É, É…. MEU DEUS COMO É TÃO BELO!
Alimenta o estômago dos esfomeados em mantimentos doados
Purifica as tentações perversas dos desencaminhados
E abre em mil sorrisos, os rostos das inofensivas criancinhas


O NATAL É O OXIGÉNIO DO PLANETA!
Renova as esperanças num céu azul como tecto do mundo
Clarifica as nuvens negras que proliferam nos esconderijos
E concede o perdão aos que derrubam o muro da salvação da vida

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Benfica Mostrou Estofo de Reconquista




O Benfica superou a barreira das grandes decisões.
Depois de Braga, onde caímos como os grandes rivais sem apelo nem agravo e também caiu um pouco o tesão de tudo levarmos em frente. Que nos deixou ver Braga por um canudo. Chegou a partida em Olhão onde o futebol de primeira era já passado, de um século que já deixou saudade e também travos de boca num resultado que se queria vitorioso e do mal ao menos, nos safamos nos últimos sopros do encontro.
Regressamos ao ninho da águia cabisbaixos e na incerteza de podermos levantar a cabeça rumo ao primeiro lugar como todos desejamos, mas de difícil certeza, quando terminou o jogo em Olhão.
Perante este cenário do tremelique do costume, passou-se a semana esperando o Porto e desde logo se vaticinou o cair aos pés dos grandes rivais que nos atormentam ano após ano.
Como as lesões se sucediam, juntando aos castigados que não aguentam a pressão em vésperas do jogo do firmamento. Mais se acentuava o céu negro pelas bandas da luz.
Chegou a quinta-feira europeia e com mais uma vitória, a moral elevou-se e preparamo-nos para receber os azuis e brancos vindos do norte rumo ao sul da consagração, convencidos estavam eles.
O Benfica é Benfica e a história não desmente tamanho poderio deste clube e toca a puxar dos galões e vencer os tetra campeões!
E assim foi, numa primeira parte de domínio constante. Onde empurramos os azuis da terra das tripas para o seu lugar bem perto da baliza para não sofrerem mais dissabores e aguentarem o pequeno pecúlio que arrecadamos, na chegada às cabines para descansar e enfrentar a segunda metade.
E no final erguemos os braços para todos os benfiquistas mostrando que superamos a barreira psicológica de aumentarmos a vantagem, deixando KO um adversário directo. Longe de outros tempos, com armas diferentes que compravam dificuldades, transformando-as em normais lanças apontadas às balizas adversárias que furavam as redes e lançavam a certeza de a todos vencerem.
Acabamos o ano na frente com a companhia de quem foi o único que até agora nos venceu.
Tem esse mérito e goza também merecidamente do lugar da frente.
Caminhamos para a reconciliação com o prestígio já sobejamente reconhecido, mas de saudosas recordações.
O novo ano, na senda do que agora está a findar será tudo o indica a retoma das grandes noites. Porque o Benfica é o maior clube português e aquele que ainda reabre fronteiras em países tão longínquos que quando aqui é dia, lá será noite cerrada.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Boas Festas para Quem é Importante e para Quem por Cá Anda




Todos nós desejamos Boas Festas onde entramos para comprar o que nos faz falta e principalmente as prendas com que enfeitamos a árvore do Natal. E com quem nos cruzamos no vai e vem destes dias que antecedem o Natal.
Mas neste ano, ano muito difícil para todos, já que as dificuldades foram gravosas para muitos e difíceis para os restantes, desejar Boas Festas é desejar mesmo Boas Festas!
Mas eu quero desejar Boas Festas, esse desejo sentido que me sai do coração, a pessoas que me são queridas e com esse espírito elas possam se sentir felizes enquanto dura o meu desejo.
Estou-me a lembrar da minha família, que sem ela viver, era um trilhar de caminhos pedregosos e à qual me liga um abraço enorme, enorme sem fim. A cada dia que passa, a família exerce uma importância vital para nos sentirmos capazes de enfrentar as dificuldades e a minha é sagrada como o amor que dela brota.
Boas festas para os meus pais que vivendo já na casa dos setenta, pisam dias de complicações próprias da idade e unidos como estão, tudo vão superando entre queixumes para chamar a atenção dos filhos e falta de mimos pelo meio, como crianças sem rumo.
De alguém que me é muito chegado e que passa um momento difícil, mas que ultrapassará com a ajuda de todos. Está preso a uma enfermidade autêntica traição para quem é tão bom para todos, mas acredito piamente que o tempo será a bênção tão desejada e para ele vai as minhas Boas Festas muito queridas.
Desejar Boas Festas é desejar um pouco de felicidade a todos. Porque todos nós merecemos um carinho em forma de gesto bocal ou de um aperto de mão, para caminharmos até casa fugindo do frio e da chuva, menos enrugados facialmente.
E já agora para todos os que me visitam, venham de onde vierem, que ajudam a dar forma a este espaço e dar-lhe força para ocupar o seu espaço, tão próprio mas acho eu tão real.
Boas Festas mesmo para todos, desde o Minho até ao Algarve!

sábado, 19 de dezembro de 2009

A Manhã está Fria como as Expressões dos Portugueses



O sol tarda em abrir e o frio aproveita-se para enregelar os corpos que por mais agasalho que carreguem não à meio de aquecer quem vai dentro dele.
Levantei-me cedo para cumprir um ritual familiar quando se tem pais já com mazelas próprias de uma idade que não perdoa certos exageros de uma época em que tudo era possível e toca a usufruir de momentos que a vida proporciona.
Eles já se arrastam em choradinhos e lamentações, numa mistura de chamar a atenção e de desconforto. E claro tenho que andar com eles ao colo e conforta-los, que é a minha obrigação e faço-o com carinho.
E perante este frio, é um martírio para eles terem que se levantar cedo e ainda por cima correrem para um exame rotineiro numa avaliação necessária porque hoje nada pode ser deixado ao acaso.
Andei uns quilómetros até à clínica. Os campos cobertos por uma camada branquinha que dão um espectáculo lindo. Lindo mas frio!
Ao longe, aprecio um vasto prado, com as vaquitas pastando. Umas separadas das outras, desenhando formas caricatas que salpicam o prado de cores pitorescas, onde o preto e branco mais comum se junta ao bege de algumas e ao preto como a noite de outras mais.
Vou devagar e lá estão as dezenas de vaquitas remoendo, remoendo. Arrancando a erva húmida a cada passo, para encher aquele enorme estômago que tem espaço para devorar um campo inteiro, seja de que tamanho for.
Agora o sol aparece mais sorridente e levanta a neve que pousou em tudo o que é sítio.
É nesta fase que o frio mais se sente e as poucas pessoas que deambulam pela zona onde vivo, encolhem-se nos casacões, muitos deles já coçados pelos anos, esperando pelo Natal para a chegada do novo. E caminham em passo lento nas tarefas diárias de um sábado que cheira a Natal já bem próximo.
A música natalícia ecoa pelos postes de iluminação citadina. Ajuda a afastar o frio e vai alegrando um pouco a certeza de que o sol não tarda e o dia será agradável.
Enquanto espero para ir buscar os velhotes, tomo um cafezito e num abrir e fechar da porta do estabelecimento conhecido, curto as pessoas com aquele ar de consolo quando sentem o calor do espaço e a alegria em saborear a bica nos dois dedos de conversas triviais com o amigo de circunstância.
O frio é necessário! A época assim o exige. Mas para quem não o suporta é um massacre inevitável.
São luvas num lado. Telemóvel no outro. As chaves em cima das carteiras, que nesta crise acentuada transportam o subsidio que desaparece nas compras de Natal obrigatórias.
O cafezinho fumegante entra pelas narinas e aquece o rosto ainda vermelho do frio.
Alguém me cumprimenta e oferece-me uma caixita de chocolates, num espírito natalício que agrada a quem recebe.
Merece dois dedos de conversa e ajuda a fazer horas para o fim que me levou a pôr-me a pé bem cedo.

Os chocolates são a minha perdição e enquanto escrevo, sinto que vou devorar a caixa toda.
São uns atrás dos outros.
Por fim paro! E lá vou eu a caminho de trazer de volta os meus pais, para a sua vida, que sei que me espera daqui a uns anitos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Venci Um Concurso



Sem sombra de pecado, tão límpido como o céu azul, venci um concurso de uma forma a não deixar duvidas!
E não deixou porque todos os concorrentes que se dignaram concorrer foram presenteados com o primeiro prémio e assim sendo não deixou duvidas a ninguém da justeza de tal acto.
Fomos vinte e sete e esses mesmos foram eleitos com o primeiro prémio.
Como o júri manifestou, ninguém conseguiu superar a tão aguerrida concorrência e não lhe deixou a menor duvida, de premiar todos os concorrentes que se apresentaram para tão afamado concurso de Natal Burros do Presépio.
A tentativa de os concorrestes manifestarem a sua convicção em serem os melhores nos dias que antecederam a deliberação, não surtiu efeito e no final todos nós fomos unânimes em reconhecer a justeza dos vencedores (todos).
Acredito que a ansiedade entre todos foi sentida! Esperamos, alguns, roendo as unhas. Outros fumando nervosamente cigarro atrás de cigarro. Outros ainda mais, refugiando-se nos cafés.
Na hora da decisão, o momento era de enorme expectativa e vaticinava-se os mais capazes para vencer tamanho prémio.
Era atractivo esse prémio. Uma ida ao Parlamento para assistir aos debates que tem aquecido os portugueses recentemente.
E quem sabe ter a felicidade de presenciar Sócrates com cara de poucos amigos e de nariz inchado. E Louça de sorriso tímido como se tivesse levado com um jarro de água ao passar pelas varandas dos bairros problemáticos. Num debate aceso sobre os enormes aumentos dos banqueiros num ano de autêntica recessão, mas que para os lados da banca foi até premio chorudo, para tão ilustres personagens que dominam a seu belo prazer o destino financeiro deste cantinho.
Mas como venceram todos. O prémio foi doado a uma Instituição de Caridade, que levará as criancinhas a assistir ao debate nas vésperas do Carnaval e como tal tudo será perdoado, já que como é Carnaval ninguém levará a mal, a tudo o que se passar naquela sala cheia de historia recente.
No que me toca, agradeço ao Barbeiro pela iniciativa tão original, que prova que na blogosfera se pode dar continuidade a iniciativas criativas, originando momentos de boa disposição.
Vencemos todos, portanto os parabéns são para todos!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Natal Faz Milagres






O Natal ameniza as atitudes mais bombásticas que o dia-a-dia é fértil e como tal cria um clima propício para o perdão.
Os políticos acalmam as suas pretensões em extravasar sentimentos e refugiam-se na quadra natalícia para se penitenciarem por palavras menos próprias e logo em lugares nada dados para esse efeito.
Acredito que o episódio do palhaço que ainda agora ouvi na COMERCIAL, Já passou à história e só irá fazer parte dos melhores momentos do ano político que o que agora finda foi fértil.
Porque ambas as partes já reconheceram a falta e num envio mútuo através de um postal de Natal. Vincaram os excessos cometidos e prometeram daqui para a frente serem pessoas responsáveis e embora com pontos de vista políticos diferentes, cativarem uma harmonia iluminada que poderá terminar em amizade tão necessária para o normal desenrolar das suas actividades, já que trabalho é trabalho e conhaque é conhaque.
Quem diz este caso, diz outros mais! Que encheram as televisões e os jornais de pessoas ávidas em desmascarar bocas outrora serenas de tamanhos actos, mas quando elas se abrem sem ninguém ter força para as mandar calar, lançam autênticos jactos de impropérios que abalam a frágil estrutura psicológica que os nossos deputados neste momento possuem devido ao momento termitente que a nossa politica atravessa. Tanto a nível de governo, como a nível de oposição. Onde um barril de pólvora está prestes a activar a contagem decrescente rumo à destruição. E nada como esta quadra, para alegrar os corações e perdoar instigações!
E como o Natal encaminha os portugueses para a solidariedade, dando um pouco do que possuem em prol dos mais desfavorecidos. Faz-nos ter a certeza que nestes dias de alegria e amor para o próximo. Afaste maus pensamentos e origine que muitos dos que pouco, ou nada tem. Sejam bafejados pela fortuna da quadra através dos muitos que durante o ano cometeram deslizes que empobreceram em vários domínios o bem-estar dos portugueses.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Frio Quebra os Ossos dos Mais Acalorados



O frio quebra os ossos num Domingo de cheiro a Natal e do rebuliço das pessoas que enchem as ruas a abarrotar de lojas, repletas de roupas para aguçarem a curiosidade de quem passa e de quem pára para admirar as montras com as novidades das colecções para o efeito.
O povo enche num vai e vem constante apesar do frio, as ruas apinhadas. São casais de mão dada com os casacos apertados até a cima, que basculham as montras na esperança de encontrar as peças que querem levar para oferecer como prenda.
É um mar de escolha. Mas onde existe a quantidade pode não existir aquilo que nos enche os olhos e nos faz parar para comprar.
Ao longe o cheiro às castanhas assadas convida à compra de um quarteirão, para aquecer as mãos enquanto as descascamos e para aquecer o corpo que treme perante este frio que faz tremer como varas verdes.
A castanha está descascada, apetitosa e como sou bom cavalheiro ofereço-a à minha jovem levando-a à sua boca num gesto carinhoso e amoroso.
Mais à frente caminham os filhos com os amigos e vão curtindo o que os rodeia. Vivendo o seu mundo e comentando à sua maneira as peripécias ocasionais nesta agitação de um Domingo perto do Natal e de certeza falando entre eles das prendas que irão receber, num Natal que não está muito risonho para oferendas.
Estão no seu mundo, por entre risadas engraçadas e gestos ainda a cheirar a criancitas que mostra o começo da adolescência.
O dia vai fugindo e com ele vai o pouco sol que ainda servia para aquecer os pés.
A noite cai e traz a luz das milhentas lâmpadas que enfeitam os jardins desta bela cidade capital de distrito e terra dos arcebispos.
As figuras cheias de luz retratando a quadra que passamos, dão uma beleza que parece que aquece um pouco o ambiente e dá-nos um pouco de alegria, já que o frio aumenta consoante o adiantar das horas.
Os filhos querem lanchar e claro, só estão virados para o Mac.
Enquanto eles pedem o que lhes apetece, admiramos a vista do local já que estamos no andar de cima.
É tudo luz! É tudo belo! O Natal é demais. Cria a beleza em qualquer lugar. Enche os corações de alegria, de amor e de oferta. Abre imensas portas para doar a gratidão, a partilha e a esperança.
O Natal é a força em superar este momento difícil que milhões atravessam. É a corda da segurança para ter a esperança em dias melhores.
Nisto…. Todos estão saciados e por entre pessoas já apressadas só com um ponto de referência em vista, porque a noite já cobriu o País. Regressamos a casa felizes e cientes de que o Natal transpira amor.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Concurso de Natal 2009 - Burros de Presépio


“Até ao próximo dia 15 de Dezembro está a decorrer o concurso de Natal de a Barbearia do Senhor Luís.
Este ano o tema é Burros de Presépio”
É com este cunho que a Barbearia dá seguimento a um concurso que já ganhou fama, mas desta vez o tema é o burrito do presépio!
O homem a quem pertence este blogue, é pessoa já com provas dadas em matéria de concursos utilizando o blogue e como usufrui de uma enorme simpatia, é nossa obrigação concorrer e fazer valer os nossos trunfos!
E como tal lembrei-me de concorrer.
Tenho uns burritos na quinta de um familiar e como sei que um antepassado deles fez da sua presença um conforto para JESUS. Levo estas imagens a concurso para ombrear com os restantes concorrentes e quem sabe ter a sorte de vencer este concurso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As Quezílias dos Deputados Crescem a Olhos Vistos



O Parlamento está a servir para desancar ora no governo, que volta e meia é devolvido à oposição, num ambiente sem semelhanças até então. Ora entre deputados, sejam já experientes nessas andanças, sejam novatos a ocupar tão elevado cargo.
E o pior é o nível baixo de linguagem que se usa para desancar nos visados.
A missão de um deputado aos olhos da opinião pública já é sombria. Cheia de interrogações quanto ao que deles se espera. Pede-se que estejam ao lado das populações que os elegeram e na maioria dos casos estão mas é ao lado dos seus interesses pessoais e o resto é conversa. Mas agora assistir a autênticos duelos carnavalescos como o de hoje é demais!
Não interessa estar perante a Ministra da Saúde, na comissão parlamentar, onde se deslocou para responder a questões tão pertinentes. Acho que se fosse o Papa era o mesmo. E toca a abrir as goelas e pumba lá vai bomba e toma lá deputado socialista que levas-te para contar e de permeio levas com palhaço em alto e bom som.
Caldo entornado e comissão incrédula perante tamanha ousadia da deputada.
Logo o deputado visado com o sangue a subir-lhe à cabeça ripostou prontamente. E não adiantava o presidente meter-se no meio para tentar parar com o pingue-pongue de descobrir o rabo aos dois, porque nenhum deles fazia questão de se ficar por ali.
E nós portugueses que elegemos esta gente, assistimos a estes folhetins de roupa suja, que pensávamos erradicada de tão distinto palco, entrar no caminho de se generalizar e bater no fundo.
Se tal acontecer e espero que fique por aqui, para isso alguém com responsabilidades neste País terá que dar um murro na mesa e por na ordem os desordeiros que estão a manchar o Parlamento, de zanga de comadres com birras de adolescentes traídos.
O novo Parlamento ainda não aqueceu o lugar e já contabiliza cenas impróprias de um País Europeu e Democrático!
Impera o nervosismo e o autoritarismo de um lado, onde deputados habituados a fazer valer as suas convicções, são hoje postos em causa com o diz que disse de uma comunicação que mete veneno para o lado que mais lhe convém.
Impera a inexperiência e a pouca preparação de quem ainda agora chegou e de quem está lá para se projectar e tirar dividendos pessoais e que logo caí na tentação de responder na mesma moeda perdendo desde logo a razão que possa ter ao ser tão directamente insultado.
E nós vamos assistindo a este fogo cerrado manchando a passos largos toda a credibilidade de pessoas que lá foram postas com o voto de milhões de portugueses, para enriquecerem a nossa democracia e nos dar garantias de defenderem as regiões para os quais foram eleitos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Destino Dos Colegas De Infância


Dividi a minha geração com quem partilhei alguns momentos, uns mais de que outros, em quatro categorias!
Os que são hoje advogados, médicos, professores.
Assegurando cargos políticos na Câmara com pelouros na Vereação, cá da cidade ou espalhados pelo Porto onde alguns deles assentaram arrais. Eram os chamados meninos da mama!
Viviam restritos a um meio onde só eles confraternizavam, conheci-os na escola e depois no futebol, ainda era um miúdo.
Só jogavam sob indicações prévias dos papás. Treinos a terminar cedo para que não atrapalhassem os estudos, porque no fundo era o mais importante, mas embora presentes no emaranhado de colegas faziam questão de se por à parte, numa de importantes porque eram os estudiosos da época.
E hoje são o que são! Embora muitos deles com diversas cambalhotas no decorrer da vida, já que como são conhecidos, mais fácil é descobrir as suas infelicidades e não só!
Os que como eu!
Cedo deixaram os estudos, para ajudar no orçamento familiar que açambarcava uma mão cheia de bocas. Têm uma vida normal, sem muitas oscilações vivendo para a família, rodeando-a de todo o conforto e amor que possuem e procurando seguir um rumo dentro de princípios honestos e adaptados à Sociedade em que vivemos.
Os extrovertidos!
Que mostravam que sabiam um pouco de tudo e como tal pensando que estavam uns degraus acima dos restantes, cedo se viram confrontados com a realidade e como cá não conseguiam dar azo a todos os seus conhecimentos, mais da boca para fora. Resolveram bem cedo imigrar e encontrar outras paragens para seguir as suas vidas.
Muitos conseguiram juntar um bom pé-de-meia que deu para adquirir uma vida vistosa, os sacrifícios passados bem longe da família, deram frutos e estenderam-se pelos filhos e já nos netos tão queridos.
E por fim os introvertidos!
Fechados em si mesmos. Isolados de tudo e de todos. Muitos deles os bombos da festa das graçolas constantes do resto do grupo.
Fracos de espírito. Fracos alunos! Sem rasgos e acomodados ao deixa andar.
Perante isto o buraco sem fundo foi o destino da maioria deles.
Refugiaram-se no álcool e nas drogas. Que no inicio era a porta para a libertação e sentiam-se os maiores. Hoje são o cambalear de um corpo que deixa pena e que só uma moeda, serve para lembrar tempos, onde éramos tão puros e tão inocentes que deixa lágrimas nos olhos de quem está no limiar da vida.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Portugal no Grupo da Morte



Como o futebol é uma caixinha de surpresas, será mesmo isso que irá acontecer!
Apesar de a FIFA coordenar os grupos de maneira a que as grandes selecções, atinjam as grandes decisões. Vai aparecer sempre as selecções surpreendentes que acabarão por eliminar os poderosos e lá teremos uma ou mais selecções a espantar o mundo do futebol e a consequente corrida desenfreada dos empresários para adquirirem as novas vedetas e lançarem-nas na boca do malabarismo futebolístico e será um salve-se quem poder na esperança urgente em sugar as novas estrelas que na grande maioria não passarão de autenticas promessas adiadas, porque num Campeonato Mundial resolveram se encher de fézada e com meia dúzia de lances, abriram a boca de espanto aos negociadores que tudo sabem e tudo vendem.
Em relação ao sorteio que ditou a sorte de Portugal, num grupo que pode ser o regresso prematuro a casa como pode ser a normal classificação. Já que para olharmos a classificação como o acto normal, Portugal terá que jogar muito mais, para vencer qualquer um deles.
Os Africanos correm, correm e não param. Fortes fisicamente autênticos guerreiros tribais, desejosos de oferecer a vitória aos seus antepassados para perpetuar a magia africana. Valem-se também da categoria dos seus jogadores já bem conhecidos, numa selecção das melhores de África.
Os Coreanos correm, correm. Habituados a correr em busca de tudo o que lhes falta no País. Serão muitas pernas para parar. Tendo nós a vantagem de mesmo estarem a vencer, correrem em busca de algo mais, porque a falta de experiencia nestas andanças será determinante. Esquecendo-se de que quem tudo quer tudo perde.
Os Brasileiros dançam, dançam. Num samba futebolístico que encanta quem assiste! Marcam golos dançando, em remates de tribela que acompanha a bola em direcção as redes que elevam o samba para lá das portas do estádio. Será um que encanta e deixa perfume canarinho. Serão muitos mais em goleadas de show e alegria.
Por isso, só nos resta correr, correr e dançar no mesmo ritmo para seguir em frente rumo à vitória! Porque temos as nossas armas de Conquistadores há mais de oitocentos anos de história.
De Navegadores por mares nunca dantes navegáveis, que nos deu fama pelos quatro cantos do Mundo.
E de Magriços que na primeira vez que participaram num Mundial, encantaram e deslumbraram.
Por isso é só eliminar o samba que já não é virgem e atirar borda fora os corredores de paragem difícil mas não impossível, pelo contrário.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Será Que os Homens Amam Mesmo o Ambiente



Vem aí Copenhaga e será o poiso de diversos chefes de estado para de uma vez por todas, sentirem que o ambiente precisa deles para não virar nuvens negras para cinzentar o mundo.
E nós precisamos de medidas concretas por parte dessa gente que manda em tudo, para que nos dêem provas de que o mundo pode respirar um pouco fundo, porque irão ser tomadas medidas por cada um deles em prol do meio ambiente, com as tão necessárias reduções do envio para a atmosfera do veneno que a está a matar.
Será assim que irá redundar a já tão aguardada conferência de Copenhaga?
Ou irá ficar tudo mais ou menos como estava e essa mesma conferência irá dar uma mão cheia de nada?
Todos os chefes de estado partilham da mesma opinião em que se terá que fazer algo para que o planeta não se torne num descongelar dos glaciares e encher os mares, que irão destruir grande parte da orla costeira que rodeia os oceanos. E originará o secar ainda mais dos solos, que levarão a mais e mais desertos sem fim.
Eles partilham dessa mesma opinião, mas a verdade é que na hora do tudo ou nada, poucos deles, nomeadamente os que representam os países mais poluidores do mundo, retraem-se em assinar o compromisso de reduzir o que nos vai abafando dia a dia num sufoco ardente. Utilizando argumentos pouco convincentes para tentar remediar um mal que há décadas vamos dando forma.
Todos já andam a comentar que esta cimeira será mais um fracasso no ponto crucial, que é a necessidade em reduzir o aquecimento do planeta devido às alterações climáticas que o homem nestes últimos anos não se cansa em alterar.
Irá existir incentivos para quem reduza as suas emissões e desde já a União Europeia deu o exemplo em comprometer-se na redução de 30%, se os outros países nomeadamente os mais desenvolvidos também o fizerem.
O Mundo precisa urgentemente que todos os países se unam num dar as mãos, para de uma vez por todas, iniciarmos o ciclo inverso da destruição do nosso planeta como estamos até aqui a fazer. Para que as novas gerações que virão, não sintam na pele, o que nós andamos a fazer no final do século XX e, princípios do século XXI, a este planeta tão belo e tão azul que por amor de Deus, não o vamos tornar cinzento e pestilento, pela ganância de não olhar a meios para alcançar os fins. Muitos deles com proveitos nefastos para a Sociedade como se tem visto.
Aguardemos a conferência pedindo no mínimo que seja uma mão cheia desta vez, do pouco que essa mesma mão trouxe de Quioto. E se assim for, estaremos certamente no caminho de poder ainda dar a mesma beleza, a mesma frescura. Com o céu todo azul que cobre este belo planeta.

Os Dias Cinzentos e Húmidos não Alegram a Esperança




Os dias não aquecem e com isso trazem a melancolia às pessoas.
São dias e dias de frio e chuva irritante. Aquela chuva miudinha que parece que não molha, mas ensopa quem caminha, pensando que foge de meia dúzia de pinguitas e quando dá por ela está molhado e frio. Gelado até aos ossos.
Os dias cinzentos e húmidos, acompanham a vida deste país mergulhado em vicissitudes tão reais como a vida de milhões de todos nós que por mais que nos esforcemos, vemo-la a andar para trás. Ou então parada numa irritação de nada podermos fazer para que a alavanca destrave e faça com que ela inicie novamente o percurso da alegria em que todos temos o direito de viver. Sabendo que levamos em atenção de que nem todos podem viver num mar de rosas.
O FMI, já alertou para o que de medidas Portugal tem que tomar para que o défice não aumente. E lá vamos ter que apertar novamente o cinto, porque vamos sentir na pele, o aumentar de impostos, os subsídios a serem congelados e os aumentos de salário num STOP angustiante que não abonam em nada, para que se possa fazer contas à vida.
O nosso Ministro das Finanças, sempre muito optimista quanto ao pior já ter passado e claro, fazendo sentir nele próprio que estávamos num período de eleições, em que nada podia ser feito na medida de alterar o estado do povo, então deixando o optimismo no ar para quem o ouvisse. Agora depois de já ter passado a agitação eleitoralista. Lá tem que apresentar o orçamento rectificativo, para contrabalançar os gastos excessivos e as reduzidas receitas, num mar de dificuldades que o País atravessa e sem data para se realmente vaticinar o seu fim. Para que a tão desejada retoma seja a realidade que milhões tão ansiosamente esperam.
O desemprega galopa a olhos vistos, como cavalos selvagens sem hipóteses para já, de ser controlado.
Deambula pelo País de lés a lés, como a gripe A, e contamina qualquer um de nós. Não escolhendo actividades e nem caras lindas.
Lança para o lamaçal da depressão Social milhares de pessoas, que se vêm em bicos de pés para fazer face aos encargos assumidos, quando tudo eram rosas num espiral de consumo que parecia não ter limites.
E como se vê os limites foram repentinos! Deixando cair em desgraça famílias inteiras de um momento para o outro, que se vêm metidas num colete-de-forças, sem horizontes risonhos de lá saírem.
A população salta como cangurus à procura de uma saída para tão grave dilema. São saltos sucessivos num desespero de fazer parar o coração.
Muitos deles desistem num cair para o lado de tão exaustos que estão para transpor a porta do sofrimento. Ficando ali enclausurados num esgar de resignação, esperando que algo os leve, seja para bem longe daquele sofrimento e que lhes traga ao menos a consolação de acabar os dias com a dignidade que um ser humano merece.
A Segurança Social tem responsabilidades reais em acolher estes desesperados. É a Instituição que milhões se estão a agarrar para no mínimo conseguir viver condignamente e outros mais, sobreviver.
Mas a nossa Segurança Social anda pelas ruas da amargura e pode ter os dias contados num prazo já tão curto que está a assustar todo o País.
Esperemos que se mantenha à tona da água para ajudar quem mesmo necessita e assim esperar que o mundo vire na direcção da recuperação económica e assim podermos voltar a sonhar em sentir a alegria de viver com a qualidade de vida que todos merecemos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Mundo não é tão Mau como o Pintam



Algumas pessoas felizmente, não parecem tão barbaras, como à primeira vista fazem querer. Em alguns casos o que parece, não é. Já diz o ditado e temos que o levar em linha de conta, para que o voltar atrás não deixe marcas para toda a vida.
Depois de uma exposição de linchamento publico, lembrando tempos idos onde se julgavam pessoas por suposições e convicções. Onde a comunicação deu enorme ênfase, baseando-se em relatórios médicos que se viriam a descobrir sem ponta de verdade. Com brilharetes de primeira pagina, nos grandes diários lidos por milhões, para facturar milhões. Condenavam sem reservas um homem ainda jovem, por levar à morte uma criancinha de poucos anos, apontando-lhe atrozes sofrimentos.
Mas muitas horas depois, ainda bem que este caso ilibou um inocente apesar da falha dantesca de alguém tentar imputar-lhe uma culpa sem sentido. Espera-se condenação dos responsáveis, já que o errar não é humano como este caso se afigura infelizmente aos olhos de todo o mundo.
Basta ler este texto dum blogue que sigo. E que aconselho, já que contem um painel de participantes que tanto dão para que muitos de nós, os sigam com apreço. Com vontade de aprender algo mais. E com vontade de decifrar no Delito: sensações, opiniões e, caso seja necessário repreensões de temas do momento, que fazem parte do quotidiano deste País que navega em mares traiçoeiros, que tanto se inclinam para nos levar a bom porto. Como nos transporta raivosamente para o afundamento em águas profundas sem deixar rasto.
Vivemos numa Sociedade de assassinos, de chulos e de corruptos. Mas é preciso uma grande carga de bom senso para antes de apontarmos o dedo em riste, o deixarmos em posição de o encaminhar para a verdade!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

No Coração de Trás dos Montes


Aproveitei estes dias que juntaram um feriado e fui de encontro ao inicio de Portugal, bem juntinho a Espanha, visitar Bragança já que lá não ia há mais de vinte anos. Numa altura que chegar a Bragança levava meio-dia, por entre curvas e contra curvas, dando enjoos frequentes e pouquíssimas ou nenhumas saudades de lá voltar tão cedo.
Agora chega-se lá ainda o CD não terminou de nos brindar com a ultima musica, que nos deixa embalados pelas melodias e cantamos canções bastantes conhecidas e lá subimos o Marão na via rápida e seguimos pela mesma via com destino a Bragança. Mas antes uma paragem em Mirandela para almoçar e esticar as pernas.
Posta à mirandesa como está-se mesmo a ver!
Tenrinha, mal passada que dava gosto mastigar! Interpelamos o chefe de mesa, se nos ia enfiar posta espanhola. Mas o homem um pouco constrangido afiançou que não podia ser. Estávamos na terra da boa posta à mirandesa e como tal nada de enganos. Era pura portuguesa com certeza!
Pela cara do Presidente da Câmara de Mirandela, também lá a almoçar, acreditei que a posta era mesmo dos bois cá das nossas pastagens.
Estava divinal como diz um amigo meu. E lá fomos para o nosso destino Bragança.
Comecei por admirar as rotundas!
Não muitas mas com gravuras espectaculares. Desde a chega dos bois, até às mascaras ibéricas. Passando pelas esculturas enormes, mascaradas da cor da paisagem transmontana que davam um valor artístico e uma beleza envolvente que convidavam a circular toda a rotunda para admirar tamanhas obras de arte.
O castelo magnífico!
Cheio de historia dos nossos antepassados que lá defenderam a nação e deram a vida pelo País que conquistamos e que consagrou os Duques de Bragança, numa geração que se expandiu por varias dinastias em centenas de anos.
E com o interior agora museu militar recheado de objectos, doado pelos nossos militares que lá fizeram a sua vida militar e lá deixaram os seus espólios para que todos pudessem partilhar das suas medalhas de bravura, dos seus actos de coragem que engrandeceram aquele que quartel de infantaria, que enviou tropas para a grande guerra e para o ultramar. Trazendo soldados mortos e outros mais como heróis, que juntos fazem a historia daquele castelo, que é a riqueza daquela cidade bem distante dos grandes centros.
Como Espanha estava a dois quarteirões resolvi dar lá um salto e visitar também umas muralhas que de certeza eram o forte de defesa contras os portugueses e vi-me nos dois lados da barricada, imaginando muitos anos antes como portugueses e espanhóis se defendiam dos ataques, de, ora agora vens cá tu ver se me roubas este pedaço de terra. Ora agora vou eu aí conquistar mais dois palmos de terreno para juntar ao pouco que já tenho.
E no caminho até lá, vislumbrei as primeiras neves que já cobriam aquela imensidão de montanhas que separam os dois países e galgando a A52, no meio de um frio de rachar regressei ao meu cantinho, com clima mais acolhedor, mas feliz por um fim-de-semana alargado, cheio de boa comida transmontana.
De frio de rachar os ossos, mas não impeditivo de conhecer os locais mais famosos, lá da zona.
A neve ali aos pés anunciando um período de imagens e alegria para quem a faz de diversão.
E felicidade estampada no rosto de quem nos rodeia, nestes momentos que fazem parte da nossa vida que nos convida a saboreá-la.